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#Destaques | 02/08/2016

Trabalhadores da GE cruzaram os braços nesta terça-feira / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

 

 

A General Eletric (GE), metalúrgica sediada em Canoas, é a quinta fábrica da categoria a paralisar a produção após a deliberação de greve tomada em Assembleia Geral dos(as) trabalhadores(as). Ainda na madrugada desta terça-feira, dia 2, o Sindicato, colocou-se em frente à empresa para repassar informações a cerca das negociações e orientar que todos voltassem às suas casas. Mesmo com a adesão total da paralisação já nas primeiras horas da manhã, dirigentes sindicais permanecerão em frente à fábrica durante todo o dia.

 

 

Secretário-geral da entidade, Flávio de Souza reforçou que após a rejeição da proposta de parcelamento da inflação, o SIMECAN – sindicato patronal – encaminhou a Convenção Coletiva para mediação. “Eles decidiram enviar as negociações para o tribunal e, logo na primeira audiência de conciliação, apresentaram uma proposta pior do que a rejeitada em assembleia geral”. Para o sindicalista, esta atitude só prova que os patrões não estão preocupados com o atraso no reajuste – a data-base da categoria é em maio -. “Nós já estamos em agosto e até agora ninguém colocou um real no bolso”.

 

 

Flavião, secretário-geral do Sindicato, tem reforçado em todas as fábricas o atraso no pagamento do reajuste / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

 

 

Após a circulação de uma carta do sindicato patronal, destinada às empresas da categoria, onde o Sindicato é acusado de estar agindo com interesses políticos nas negociações, o presidente da entidade que representa os trabalhadores, Paulo Chitolina, esclareceu que não há qualquer inflexibilidade da parte do Sindicato na campanha salarial, tão pouco algum interesse que não seja um reajuste digno aos trabalhadores. “Sentamos oito vezes com o Simecan para negociar e as propostas apresentadas visavam o término do pagamento da inflação deste ano somente em 2017. Isto é ter bom senso?”, questionou Chitolina ao lembrar que a última proposta apresentada pela patronal foi rejeitada em assembleia geral e a decisão de abrir greve na categoria foi decidida pelos trabalhadores(as) e não pelo Sindicato.

 

 

Paulo Chitolina esclareceu acusações do sindicato patronal sobre a postura dos representantes dos trabalhadores(as) frente às negociações / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

 

 

Fonte: STIMMMEC

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Publicado em:02/08/2016

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