
Rita Garrido
#Notícias | 26/05/2025
5ª rodada de negociações está prevista para esta quarta-feira (28)
Mobilizados há um mês, os metalúrgicos e metalúrgicas de Canoas e Nova Santa Rita seguem em campanha pelo reajuste de 10% nos salários. Na última semana, o Sindicato visitou mais quatro fábricas e dialogou com os trabalhadores/as sobre o andamento das negociações, que se encaminham para a 5ª rodada nesta quarta-feira (28).
A semana começou com assembleia na PROLEC, em Canoas. Apesar da chuva, que encurtou o ato na porta da empresa, os diretores deram o recado sobre as dificuldades das negociações e falaram sobre a divulgação do INPC oficial para a data-base de 1º de maio. “A inflação oficial ficou em 5,32% e nós já falamos na mesa de negociações que não vamos aceitar um número baixo”, destacou o presidente Paulo Chitolina.

Mobilização em frente à PROLEC, na manhã do dia 19 de maio. Foto: Rita Garrido / STIMMMEC
Em frente à Liess, na quarta-feira (21), o vice-presidente do Sindicato, Silvio Bica, destacou que os trabalhadores/as não estão pedindo um absurdo de reajuste. “Se a gente tirar os 5,32% que são as perdas do ano, nos resta 4% de aumento real. Isso não vai deixar nenhum patrão pobre, tampouco os trabalhadores ricos”.

Assembleia em frente à Liess, na manhã do dia 21 de maio. Foto: Rafaela Amaral / STIMMMEC
No dia seguinte, quinta-feira (22), a conversa com os trabalhadores da EDLO também foi sobre os problemas mais recentes da empresa, que estava com atraso no salários e no depósito do FGTS. Ainda assim, os diretores destacaram a importância da campanha e da luta pelo reajuste salarial.

Conversa com os trabalhadores/as da EDLO, na manhã do dia 22 de maio. Foto: Rita Garrido / STIMMMEC
A semana se encerrou com uma nova assembleia na Beretta, desta vez com o turno da tarde, na sexta-feira (23). A metalúrgica de Nova Santa Rita é, junto com a Maxiforja, uma das empresas que aplicam a Jornada 6×1. Durante a conversa, os diretores enfatizaram as campanhas da CUT-RS e da CNM/CUT pelo fim desta escala, que possibilita apenas um dia de descanso aos trabalhadores/as.
O tema foi incluído na pauta de reivindicações da base neste ano, como forma de mobilizar os metalúrgicos/as e pressionar o Congresso Nacional. Apesar da forte adesão pelo fim da Escala 6×1, os diretores têm destacado nas assembleias a luta geral pela Redução da Jornada de Trabalho Sem Redução de Salários e Direitos, considerando que grande parte dos trabalhadores/as têm jornada de 44h por semana, ainda que de segunda a sexta.

Assembleia com o turno da tarde da Beretta, em Nova Santa Rita, na última sexta-feira (23). Foto: Rita Garrido / STIMMMEC
“Precisamos reduzir o tempo que dedicamos ao trabalho e as nossas campanhas enfatizam isso. A vida não é só trabalhar e não tem hora-extra. É urgente travarmos uma luta por mais dignidade, descanso e lazer no nosso dia a dia”, lembrou Chitolina.
Fonte: STIMMMEC