#Notícias | 29/03/2017
29/03/2017
A direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita se reuniu na sexta-feira (24) para traçar um planejamento da Campanha Salarial deste ano. No encontro, dirigentes sindicais, cipeiros e militantes analisaram o cenário da categoria, com o auxílio do presidente da Federação dos Metalúrgicos do RS, Jairo Carneiro, da economista do Dieese, Cristina Vieceli, e da Dra. Lídia Woida, do escritório Woida.
Com data base no mês de maio, a base de Canoas e NSR negociará apenas as cláusulas econômicas neste ano, compostas pelo reajuste salarial, o piso da categoria e o salário do menor aprendiz. As cláusulas econômicas, renovadas por dois anos nas negociações de 2015, mantem-se garantidas.
Até o momento, o INPC aponta perdas de 3.57%. Segundo estimativa do Dieese, a perda inflacionária do ano deve ficar entre 4,5% e 5% e somente será conhecida após a primeira semana de maio.
Na Plenária Estadual da Federação, realizada no início de março, o instituto apontou que há espaço para negociação, visto a estabilização do cenário econômico, a expectativa na retomada do crescimento. Outro dado apresentado pelo Dieese é a economia feita pelos empresários em 2016: 12% na folha de pagamento por substituição de trabalhadores (as) por outros (as) com salários menores.
Reajuste salarial e garantia de direitos
Além das negociações em relação ao reajuste salarial, a luta contra as reformas do governo Temer também serão fundamentais neste campanha. Em relação a isso, a Dra. Lídia Woida abordou pontos fundamentais do projeto, como o negociado sobre o legislado, que torna negociações diretas entre empregadores e trabalhadores válidas, ignorando as leis trabalhistas.
Outro ponto é a terceirização, que teve um projeto do ano de 1998 aprovado na Câmara dos Deputados no dia 21 de março. Ao permitir que trabalhadores e trabalhadoras executem atividades em qualquer setor por meio de empresas terceirizadas, o governo decreta o fim da CLT e da garantia de direitos trabalhistas, como férias e 13º.
Para o presidente do Sindicato, Paulo Chitolina, as reformas trabalhista e previdenciária, assim como a terceirização, são bandeiras indispensáveis na campanha deste ano. “Não faz sentido conquistar um bom reajuste salarial de um lado, mas perder direitos de outro. Os trabalhadores têm que ter consciência de que o que está em jogo vai além dos ganhos salariais”.
Nesta quarta-feira (29), o Sindicato realiza a Assembleia Geral dos(as) metalúrgicos(as), a partir das 18h, na sede da entidade. Na ocasião, a direção apresentará uma proposta de pauta para a campanha, a ser avaliada pelos presentes e votada. Participe!
Fonte: Rita Garrido / STIMMMEC