#Destaques | 18/07/2018
Em um ano de enormes dificuldades e entraves devido às mudanças na legislação trabalhista, os dirigentes do Sindicato avaliaram como positivas as negociações da campanha deste ano. O reajuste salarial, ainda que não de acordo com a reivindicação inicial, garantiu a reposição das perdas inflacionárias e um aumento real de forma retroativa. Neste aspecto, vale lembrar que as campanhas dos últimos anos já vinham dando o tom da retranca patronal. “2015 e 2016 foram anos de campanhas longas e reajuste parcelado às custas de muita pressão na porta das fábricas, inclusive movimentos de greve”, lembrou o atual tesoureiro, Flavio Souza, o Flavião.
Com a aprovação da Reforma Trabalhista, em julho de 2017, os movimentos de defesa dos direitos e contra a precarização do trabalho foram intensificados. Portanto, nas negociações deste ano, como afirma Chitolina, a preocupação e o foco do Sindicato não poderia ser outro. “Nós sabemos que o percentual de reajuste nos salários causa muito expectativa nos trabalhadores, mas entendemos também que garantia de emprego e de direitos é algo essencial para que se siga trabalhando e recebendo, para que não ocorram movimentos como a rotatividade e a terceirização”. Um estudo recente do Dieese apontou que só em 2018, na base de Canoas e Nova Santa Rita, trabalhadores admitidos receberam salários cerca de 20% menores do que os demitidos. Terceirização e contratações temporárias também geram preocupação no Sindicato e continuarão na pauta de reivindicações e de fiscalização da entidade.
“Estamos em um momento político delicado, oriundo de um movimento que derrubou uma presidenta legítima e implementou reformas duras, que atingiram em cheio os trabalhadores e o movimento sindical. Portanto, as garantias atingidas na campanha deste ano, como a renovação da CCT, são um respiro para a categoria frente tantos ataques e retirada de direitos. Temos que reconhecer isso”, avaliou o dirigente Antonio Munari.
Fonte: STIMMMEC