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#Notícias | 21/01/2021

Nesta quinta-feira (21), as principais centrais sindicais do país estão realizando atos de solidariedade aos trabalhadores/as demitidos da Ford. A multinacional estaduniense anunciou o encerramento de suas atividades no Brasil no último dia 11 de janeiro, deixando mais de 100 mil brasileiros desempregados.

 

 

No Rio Grande do Sul, a mobilização ocorreu em frente à concessionária Montreal Ford, em Canoas, e foi convocada pelo Sindicato dos Metalúrgicos da região. Ainda, contou com a presença dos metalúrgicos de Porto Alegre, assim como de diretores da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) e da Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT-RS).

 

 

Em frente à concessionária, os sindicalistas alertaram que o encerramento das atividades da empresa afeta de forma ampla a economia do país. “Nós, enquanto classe trabalhadora, temos que ficar atentos aos nossos empregos. Não podemos achar que é um problema só dos trabalhadores da Ford, porque quando fecha uma grande empresa, muitas sistemistas que prestam serviços são afetadas”, destacou Paulo Chitolina, presidente dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita.

 

 

Segundo o Dieese, as demissões de aproximadamente 5 mil trabalhadores e trabalhadoras podem levar ao fechamento de quase 120 mil postos de trabalho, considerando a cadeia econômica. Além dos impactos econômicos na cidade, onde as empresas deixarão de funcionar, o país vai deixar de arrecadar em torno de R$ 3 bilhões, com a saída da Ford.

 

 

O secretário geral da CNM, Loricardo de Oliveira, fez um chamado para a necessidade de fortalecer a indústria nacional a partir de um plano de industrialização acordado em conjunto com os representantes dos trabalhadores e com os empresários. Para ele, é inadmissível que empresas multinacionais venham ao país e ganhem isenções fiscais do governo para lucrar em cima da mão de obra dos trabalhadores sem qualquer compromisso com a permanência e a manutenção dos postos de trabalho.

 

 

“É preciso nacionalizar a produção da Ford. Tudo que foi produzido no Brasil tem que ficar no Brasil. Precisamos que o Governo Federal se posicione e diga que essa produção é nossa”, afirmou.

 

 

Demissões em meio à pandemia

 

 

O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, lembrou que as demissões da Ford são ainda mais graves porque ocorrem em meio à pandemia da COVID-19 e ao fim do pagamento do Auxílio Emergencial. A Central vem realizando uma ampla campanha em todo o país pela Vacina Já, para todos os trabalhadores e de forma gratuita, e também, dialogando para que ocorra a manutenção do auxílio.

 

 

“Hoje, nós estamos prestando nossa solidariedade e defendendo a renda e os postos de trabalho. Mas vamos ficar atentos e acompanhando o próximo período, que será um período muito duro, em que vamos precisar de muita mobilização”, afirmou Cenci.

 

 

Fonte: Rita Garrido / STIMMMEC

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Publicado em:21/01/2021

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