Órgão realizou reunião para tratar de denúncia sobre o atendimento médico na metalúrgica

Na AGCO, há um histórico de insatisfação com a atenção à saúde dos trabalhadores e trabalhadoras. Apesar da empresa possuir um ambulatório médico, que deveria acompanhar com cuidado quem produz o dia a dia da fábrica, o que se vê é omissão e descaso com as doenças e acidentes ocasionados pelo trabalho.

Motivado por uma denúncia, o Ministério Público do Trabalho (MPT-RS) esteve na metalúrgica no dia 22 de julho, para conversar e buscar informações sobre os procedimentos do ambulatório dentro da empresa. A convite do órgão, o Sindicato acompanhou a conversa e contribuiu com percepções a partir dos relatos e dos casos que chegam à entidade.

Um dos principais problemas é a omissão da empresa para emitir a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). Mesmo nos casos em que há constatação do nexo com as atividades laborais, há negativa da empresa.

O que tem causado tantos problemas de saúde?

Para os diretores do Sindicato que acompanham a situação da AGCO, o ritmo intenso na produção é um dos principais fatores de adoecimento na fábrica. Segundo relatos, alguns trabalhadores estão desempenhando tarefas que poderiam ser distribuídas entre 2 ou até 3 trabalhadores.

Para as mulheres também se constata uma realidade difícil, pois em alguns setores elas estão exercendo atividades incapacitantes, com excesso de peso e movimentos repetitivos.

Conforme orientação da fiscal do MPT que realizou a visita, o Sindicato pode solicitar, quando negado ao trabalhador, o documento com as diretrizes do Programa de Gerenciamento de Risco (PGR), para que seja apresentado junto às perícias do INSS.

Orientações gerais

O Sindicato seguirá acompanhando toda e qualquer fiscalização ou desdobramento sobre a situação da saúde na AGCO, e reforça que os trabalhadores e trabalhadoras devem seguir as orientações abaixo:

• Ao sentir qualquer desconforto no local de trabalho, é fundamental buscar atendimento do ambulatório médico, para que conste nos registros de atendimento o histórico das queixas.

• Nos casos em que o afastamento das funções é necessário, a orientação é que se busque auxílio junto ao Sindicato, antes mesmo de agendar a perícia junto ao INSS. A entidade conta com assistência jurídica e médica especializada para prestar apoio à categoria.