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STIMMMEC

#Destaques | 19/08/2024

Em bairros como Rio Branco, Mathias Velho e São Luís, em Canoas, a água atingiu cerca de 3 metros de altura, o que por si só resultaria em perdas sem precedentes. No entanto, a inundação que se instalou por mais de 20 dias no lado Oeste da cidade foi o que decretou o estado crítico que o município, trabalhadores e empresas, enfrentam há mais de 3 meses.

Mapa da inundação mostra o lado oeste de Canoas. Foto: Reprodução GeoCanoas

Após um trabalho intenso na acolhida dos desabrigados e de ajuda aos metalúrgicos e metalúrgicas da base que foram atingidos, o Sindicato foi à campo. Em visitas às empresas, conversou com trabalhadores/as e empresários para levantar percepções sobre o momento de retomada da produção.

Uma das nossas maiores preocupações é com a garantia dos empregos dos trabalhadores e trabalhadoras. Por isso, estamos atentos às empresas, em como estão atuando, se estão conseguindo se reerguer e, até mesmo, mapear quais as principais necessidades delas”,explica o presidente do Sindicato, Paulo Chitolina.

Bairro Harmonia em julho de 2024. Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

Pesquisa na base

A partir de uma breve pesquisa elaborada pela entidade, a situação encontrada nas mais de 70 empresas visitadas é crítica. Com relatos de um futuro incerto, os rastros da enchente ainda eram perceptíveis no percorrer dos bairros. Dentro das empresas, a instabilidade do maquinário e o infindável trabalho de limpeza e reformas são os fatores que tem feito trabalhadores e trabalhadoras retornarem às suas atividades de forma improvisada.

Não foi uma ou duas empresas que encontramos nessa situação. São vários os relatos de máquinas danificadas pela água que mesmo após o conserto voltaram a apresentar problemas.” conta Cecilio Guterres, diretor sindical que acompanha as empresas localizadas na região da Rua Berto Círio.

Bairro São Luis em julho de 2024. Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

Bairro Rio Branco em julho de 2024. Foto: Rafaela Amaral / STIMMMEC

Sem recorrer a demissões

Apesar da situação crítica para o trabalho, o mapeamento do Sindicato constatou que as empresas,
em especial de pequeno porte, não recorreram a demissões, tampouco a descontos e/ou compensação dos dias parados.

Para o diretor sindical Antonio Munari, há uma cooperação entre trabalhadores e empresários. “É pela via da compreensão que o atual momento está se construindo. Muitas empresas ajudaram os trabalhadores no momento crítico e estão recebendo ajuda na retomada. Uma minoria de metalúrgicas, acreditamos, findou recorrendo a compensação dos dias“.

Fonte: STIMMMEC

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Publicado em:19/08/2024

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