#Destaques | 13/04/2023
Nesta semana, os trabalhadores/as da PROLEC, em Canoas, foram surpreendidos com o aviso de encerramento do serviço prestado pela FARMASEG, que garantia acesso à farmácia por meio de convênios. O benefício, que já vinha sendo questionado pelo Sindicato, uma vez que não estava sendo ofertado aos novos trabalhadores, agora foi cortado na íntegra, o que motivou a realização de uma assembleia geral na porta da empresa na tarde da quarta-feira (12).
Em conversa com dois turnos, os diretores reforçaram que para além das tratativas do Sindicato, que já tem uma reunião agendada para esta sexta-feira (14), é preciso que os trabalhadores se mobilizem pela retomada do benefício. “A cada tempo que passa, se a gente não se mobilizar, a empresa só vai tirando os direitos”, afirmou o tesoureiro Flávio de Souza, o Flavião, enfatizando que a contrapartida da mão de obra dos trabalhadores são condições de trabalho e salário dignos.
O vice-presidente do Sindicato, Silvio Bica, abordou o ocorrido recente da AGCO, que no final do mês de março ofertou lanches estragados aos trabalhadores/as que atuavam no serão. Para ele, a mobilização da categoria é cada vez mais importante, pois o descaso com os trabalhadores é crescente. “Os problemas com o refeitório da AGCO são antigos, desde uma terceirizada que atuou dentro da empresa por 20 anos e com muita luta nós conseguimos a troca. Só que agora, a nova empresa comete o absurdo de servir lanches com larvas”, relatou.
Em outubro de 2019, os trabalhadores/as da PROLEC realizaram um “boicote” ao refeitório, como forma de reivindicar mais qualidade na comida servida. Na ocasião, todos os turnos almoçaram na porta da empresa, junto com o Sindicato, como lembrou Bica. “Muitos de vocês devem lembrar que nós comemos todos ali, no estacionamento das motos, mesmo com chuva, e a empresa se viu forçada a mudar. E por isso hoje nós estamos aqui dando o recado de que não vamos aceitar a retirada de um direito em troca de nada”.
Frustração com o PPR
Durante a assembleia também foram apontados alguns problemas com o PPR na empresa, que no último exercício teve apenas 71% de alcance das metas projetadas. Para o Sindicato, que participa da mesa junto com as comissões, é preciso trabalhar em uma divulgação mais transparente durante o ano, de modo a evitar surpresas nos resultados.
“A participação nos resultados é um paliativo para os trabalhadores sobreviverem durante o ano. Motiva a produção porque vai ter uma recompensa no final, sem falar que em uma empresa sem plano de cargos e salários, se torna um valor que ajuda no custo de vida. Não é um extra”, afirmou Flavião.
Nova edição do Informativo do Sindicato
Também durante a assembleia, os trabalhadores receberam a última edição do Informativo A Vez e a Voz, com convocação para a primeira assembleia geral da Campanha Salarial de 2023. Além disso, como reforçou o Secretário de Comunicação do Sindicato, André Severo, o índio, a edição traz informes importantes, como as orientações sobre a Revisão do FGTS, tema que tem agitado os trabalhadores em muitas fábricas.
“Nesta edição nós esclarecemos a questão do FGTS, pois alguns escritórios de advogados estão oferecendo e cobrando pelo ingresso de ações. Além de já haver garantias para os trabalhadores do Estado, porque a CUT-RS já ingressou com uma Ação Civil Pública, nossos assessores jurídicos orientam aguardar o desfecho do julgamento no STF para saber claramente quais serão as regras. Então é importante que vocês leiam o informativo e informem os colegas, amigos e familiares sobre o assunto”.
Fonte: STIMMMEC