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#Destaques | 31/01/2022

Foto: José Cruz / Agência Brasil


 

 

 

Neste início de ano o país enfrenta uma nova explosão de casos por Covid-19, principalmente por conta da nova variante ômicron. Com a alta, os testes nas farmácias estão em falta, as redes de saúde, mais uma vez sobrecarregadas, e em muitas empresas há um número expressivo de afastamento de trabalhadores contaminados. Além do novo surto de Covid-19, outra preocupação tem relação com os casos de Influenza que tem levado muita gente a procurar hospitais e unidades de saúde.

 

 

 

Nos últimos meses de 2021, especialistas da área da saúde emitiram alertas quanto a uma nova onda de infecções após o período das festas de final de ano e férias. Apesar dos números mostrarem que os casos graves, que necessitam de internação, não acompanham de forma proporcional os registros de infecção, restou comprovado que a nova variante tem uma taxa de transmissibilidade muito mais alta, o que vem refletindo nos números de óbitos. Na última sexta-feira (28) o país bateu um novo recorde para o período: 779 óbitos em um mesmo dia.

 

 

 

É hora de reforçar os cuidados!

 

 

 

Nas últimas semanas, é possível que todos tenham ficado sabendo de algum familiar, amigo ou conhecido que testou positivo para a Covid-19, mas que não precisou de internação hospitalar. Isso ocorre devido ao avanço da vacinação em todo o país e contrasta com um dado triste da pandemia: a maioria das vagas em UTI está sendo ocupada por pessoas não vacinadas. Em alguns Estados, segundo informações dos órgãos de saúde regionais, o percentual de não vacinados em internação grave atinge 90% do total.

 

 

 

Preocupados com essa realidade, na última semana os diretores do Sindicato realizaram uma sondagem informal em algumas empresas metalúrgicas de Canoas e Nova Santa Rita. A consulta, que ocorreu em torno de 12 empresas, levantou registros de mais de 200 afastamentos. Os números não são oficiais, mas reforçam o momento crítico da pandemia e a necessidade de reforçar os cuidados.

 

 

 

Nós não temos relatos de casos graves de covid-19 em nossa base, até porque desde o início da pandemia o Sindicato vem realizando um trabalho de conscientização junto aos trabalhadores e as empresas também estão comprometidas com saúde e a segurança no local de trabalho. Mas o momento é crítico e mostra que não estamos no final de pandemia, como muitos pensam”, afirma o presidente do Sindicato, Paulo Chitolina.

 

 

 

Imunização das crianças é fundamental

 

 

 

Desde o último dia 19 de janeiro tem sido realizada no Estado do Rio Grande do Sul a vacinação das crianças entre cinco e onze anos, outro importante passo no combate à pandemia. Ainda que muita desinformação tenha corrido em relação à imunização dos pequenos, inclusive com a tentativa do Governo Federal de impor a exigência de atestado médico individual liberando a vacinação, é importe destacar que os estudos comprovam a eficácia e a segurança da aplicação das vacinas.

Os pais não devem ter receio de levar os filhos para vacinar. É preciso acreditar na ciência e nos estudos que comprovam a segurança das vacinas. Nós estamos hoje vivendo um momento em que justamente em razão do alto índice de vacinação os casos de contágio estão mais amenos, sem necessidade de internação. As vacinas estão sim nos salvando”, enfatiza Chitolina.

 

 

 

Ações do Sindicato

 

 

 

Desde março de 2020, o Sindicato esteve a frente de ações e campanhas para conscientizar os trabalhadores e amenizar os impactos da pandemia. Nos primeiros meses, quando as adequações nos locais de trabalho foram o centro das discussões, os diretores estiveram atentos às fábricas da base e cobraram condições adequadas para o trabalho e a convivência interna nas empresas. Já para as metalúrgicas menores, uma ação da entidade realizou a confecção e a entrega de 2 mil máscaras, principalmente aos trabalhadores e trabalhadoras que necessitavam de transporte público para se deslocar e não estavam recebendo proteção adequada. Na ocasião, lembram os diretores, era recorrente encontrar os trabalhadores atuando sem proteção.

 

 

 

Junto ao Poder Público, o Sindicato abriu tratativas para o cumprimento do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação, no qual a categoria da indústria foi incluída no quadro prioritário. Importante lembrar que os esforços do Sindicato ocorreram na medida em que o trabalho na indústria não foi paralisado em nenhum momento da pandemia.

 

 

 

“As discussões da Central Única dos Trabalhadores e da Confederação Nacional dos Metalúrgicos garantiram a inclusão dos trabalhadores da indústria no quadro nacional, e o Sindicato fez o trabalho de organizar junto aos municípios o cumprimento do mesmo. Ocorreu a organização e o cadastro junto as Prefeituras, mas na sequência o plano de imunização por idade avançou e contemplou grande parte dos trabalhadores da base”, lembra o presidente do Sindicato.

 

 

 

Outra ação que ganhou destaque foi a Campanha Solidária de arredação de alimentos, que coletou cerca de 4,5 toneladas de alimentos. As doações foram realizadas por trabalhadores, empresas e parceiros do Sindicato, e foram encaminhadas às famílias atendidas pela Central Única das Favelas (CUFA).

 

 

 

Também, importante destacar que desde o início da pandemia a entidade, em conjunto com seus assessores jurídicos, esteve à disposição dos trabalhadores e das empresas para negociações coletivas e esclarecimentos no campo jurídico. No momento mais crítico da pandemia, quando estiveram vigentes as Medidas Provisórias 927 e 936, um levantamento do Sindicato verificou que um total de 3.680 trabalhadores/as da base de Canoas e Nova Santa Rita foram incluídos em acordos com a aplicação das MPs. Destes, 1.444 fecharam acordos individuais, revisados pelo Sindicato, propostos por um total de 49 empresas. Outros 2.236 trabalhadores – quase o dobro – foram contemplados com Acordos Coletivos de Trabalho negociados entre o Sindicato e as empresas.

 

 

 

Fonte: STIMMMEC

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Publicado em:31/01/2022

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