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#Notícias | 17/02/2020

A situação dos entregadores de aplicativos foi tema de debate na sede da CUT em Brasília, nesta quinta-feira (13). A central calcula que o Brasil já tem cerca de 5,5 mil destes trabalhadores, que exercem a atividade sem terem patrão, mas também sem direitos. As principais reivindicações apresentadas foram a criação de pontos de apoio, melhoria no valor do frete pago pelas operadoras e a criação de vínculo com a empresa. Também foram discutidas a necessidade de uma linha de crédito subsidiado para compra de moto ou bicicleta, a manutenção do veículo usado para as entregas e seguro de vida e de acidente.

 

 

“Nessa reunião aqui na CUT nossa principal reivindicação é sobre os pontos de apoio. É um ponto de descanso, onde a gente pode esquentar nossa comida, carregar nosso celular pra continuar a trabalhar. Também importante é o aumento do frete fixo, uma taxa de seguro, uma taxa de manutenção do veículo e também a criação de vínculo com a empresa”, afirma o entregador Pedro Viana.

 

 

“Nosso trabalho é muito esforçado, exige muito da gente mesmo. E hoje o que a gente mais busca reivindicar com essas plataformas é o reconhecimento do nosso trabalho”, completa o também entregador de aplicativo Alessandro Conceição à repórter Camila Piacesi, da TVT.

 

 

Trabalhar por aplicativo tem sido a única solução para milhares e brasileiros fugirem do desemprego. De olho apenas na renda mensal imediata, esses trabalhadores, em geral muito jovens, enfrentam sol, chuva, calor, frio e o dia a dia do trânsito das cidades do país, sem nenhuma garantia de manutenção de renda em caso de acidentes, além de sem direito a férias, descanso semanal remunerado, FGTS, 13˚ salário e outros direitos garantidos aos trabalhadores contratados formalmente.

 

 

“Eu estava como muita dificuldade pra encontrar um emprego fixo e o aplicativo me ajudou. Tá me sustentando até mais que o emprego, que ganhava só um salário mínimo”, conta Gabriela Santana, entregadora.

 

 

Para que ocorra as melhorias nas condições de trabalho, os entregadores pedem mobilização e unidade da categoria. “A genta agora já passou da irritação, agora já é um pedido de socorro, mesmo. A gente já sofre nas ruas, sofre preconceito, sofre diariamente com os preços baixos, com o banimento arbitrário – as empresas desligam a gente do nada – e está insatisfeito com isso. Tem que prezar nossa união pra conseguir reivindicar melhorias e, quem sabe, vai melhorar o nosso meio de trabalho”, diz Pedro Viana.

 

 

Confira a reportagem da TVT

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Publicado em:17/02/2020

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