Escrito por

#Destaques | 26/06/2019

 

O militar da Aeronáutica que foi detido na Espanha na segunda-feira (25) por transportar 39 quilos de cocaína será processado. De acordo com o jornal El País, o sargento brasileiro, que viajava no avião reserva da comitiva de Jair Bolsonaro, foi levado ao comando da Guarda Civil de Sevilha, onde o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) fazia escala, com destino ao Japão. Ele vai responder por crime contra a saúde pública.

 

O militar ainda não foi identificado. Os 39 quilos de cocaína estavam divididos em 37 pacotes em sua bagagem de mão. Segundo o El País, o membro da comitiva foi levado para o comando da Guarda Civil na capital andaluza, e na quinta-feira (27) ficará à disposição judicial para responder por crime contra a saúde pública.

 

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, comparou o caso com o do helicóptero interceptado carregando 500 quilos de cocaína, que estava no nome do ex-deputado federal mineiro Zezé Perrella. Boulos chama o novo caso de “escândalo do Aerococa”. “Os dois têm algo em comum: mostram que o narcotráfico de verdade não está nas favelas. O crime organizado tem raízes no Estado e no poder econômico. É fácil atacar o “aviãozinho” e preservar os aviões e helicópteros”, criticou.

 

Já o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), líder do partido na Câmara, pedirá a investigação do caso. “Essa turma de milicianos não perde tempo! Vamos tomar todas as providências cabíveis para investigar isso a fundo, porque se ficar por conta da turma do Queiroz, vão abafar”, publicou no Twitter.

 

Também no Twitter, Bolsonaro disse que foi informado da detenção e determinou ao ministro da Defesa, general de Exército Fernando Azevedo e Silva, “imediata colaboração com a Polícia Espanhola na pronta elucidação dos fatos, cooperando em todas as fases da investigação, bem como instauração de inquérito policial militar”.

 

A ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) lembra que a apreensão se trata de tráfico de drogas. “Militar da comitiva de Bolsonaro foi preso na Espanha com 39 kg de cocaina em avião da FAB. Sabem como é o nome disso? Tráfico Internacional de Drogas… e com uso do aparato do Estado brasileiro”, disse.

 

O vice-presidente da República e presidente em exercício, general Antônio Hamilton Mourão, afirmou acreditar que o militar preso age por dinheiro. “Acredito que esse militar aí é questão de dinheiro, né? Então você sabe que o dinheiro é algo… o vil metal corrompe.”

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Fontes:

Publicado em:26/06/2019

Voltar

Notícias Relacionadas