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#Destaques | 03/06/2019

 

Após a terceira reunião entre o Sindicato e a patronal, ocorrida na manhã do dia 29 de maio, nenhum acordo da pauta deliberada pela categoria no mês de abril foi alcançado. Desta forma, os representantes dos trabalhadores devem intensificar as mobilizações de fábrica nas próximas semanas, como única forma de pressionar o Simecan a atender às reivindicações. Segundo o vice-presidente Silvio Bica, este é o momento dos trabalhadores e trabalhadoras firmarem posição ao lado do Sindicato, pois “somente assim será possível pressionar a mesa por uma negociação justa e que valorize os salários, os direitos e a representação dos trabalhadores”.

 

Neste ano, a categoria metalúrgica de Canoas e Nova Santa Rita reivindica a reposição da inflação (5,07%), mais aumento real nos salários, incidindo também no piso da categoria, hoje fixado em R$ 1.315,00 e no salário do aprendiz (R$ 5,31/hora). No entanto, até o momento os patrões não falaram em números para esta reposição.

 

Outro ponto importante da pauta de reivindicações é o entendimento comum da cláusula do Quinquênio, prevista na Convenção Coletiva da Categoria. Na última reunião, apesar da discussão ter tomado grande parte do tempo, as partes não atingiram um acordo.
Nas últimas semanas, o Sindicato realizou assembleias de esclarecimento nas principais fábricas da base. Sem atraso na entrada dos turnos, os dirigentes esclareceram o andamento das negociações e reforçaram a necessidade de mobilização. “Agora estamos somente dialogando e informando os trabalhadores, mas se não avançar, vamos ampliar o discurso, as conversas, e pressionar”, disse o tesoureiro Flavio de Souza, o Flavião.

 

Querem omitir discussões sobre representação dos terceirizados

 

Nas tentativas de debater a representação dos trabalhadores(as) terceirizados e temporários, ocorrida nos dois encontros, os representantes das empresas argumentaram que neste ponto não haverá acordo. Para o Sindicato, se o trabalho é igual, os direitos também devem ser. “Nós vamos continuar sustentando esta posição na mesa e insistindo no debate, pois consideramos a realidade das fábricas, as diferenças de salários e direitos”, afirma o presidente Paulo Chitolina.

 

Pesquisa mostra apoio da categoria para a Campanha

 

No mês de maio, o Sindicato realizou pesquisa junto aos trabalhadores(as) para traçar um perfil da categoria. Dentre as perguntas, a entidade quis saber sobre o apoio na Campanha Salarial e, para quase 60% dos participantes, há concordância e disposição para as mobilizações.

 

O mesmo levantamento também mostra ampla rejeição à Reforma da Previdência, quando mais de 80% dos trabalhadores firmaram posição favorável a mobilizações do Sindicato contra o projeto. “Os trabalhadores estão alinhados com o sindicato nas pautas e reivindicações. E por esta ampla insatisfação que temos que intensificar as mobilizações da campanha salarial e engrossar os movimentos grevistas agendados para este mês”, afirmou Chitolina.

 

Reparação de veículos encerra campanha

 

As negociações para os trabalhadores(as) da Reparação de Veículos se encerraram no mês passado. Com a realização das assembleias de aprovação, a categoria aceitou o acordo que conquistou a reposição de 6% em todos os salários a partir de 1º de maio de 2019 e também renovou as cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) até 30 de abril de 2021. Com isso, o piso salarial passa a ser de R$ 1.496,00 (6,80/hora) e o piso do aprendiz/borracheiro será de R$ 1.333,90 (6,06/hora).

 

O acordo, negociado entre a Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande do Sul e o Sindirepa, contou com a participação de dois dirigentes de Canoas: Joe Medeiros e Claudemir Severo. A negociação abrange trabalhadores em oficinas, concessionárias, chapeação e pintura.

 

Fonte: Rita Garrido – STIMMMEC

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Publicado em:03/06/2019

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