#Destaques | 03/04/2019
Foi dada a largada para a Campanha Salarial 2019 dos metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita. Assim como no ano passado, a luta da categoria será em torno de renovações, ajustes e conquistas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), e também, contra as reformas e medidas do governo que retiram direitos e a dignidade da classe trabalhadora.
Renovadas até abril de 2020, as cláusulas sociais não entrarão na pauta de discussões deste ano. Com a patronal, o Sindicato buscará o reajuste salarial, o reajuste do piso e dos ganhos de menor aprendiz a partir da data base da categoria, que é 1º de maio. Ainda, cabe ao Sindicato travar discussões sobre os projetos políticos que atualmente representam ameaça direta aos trabalhadores, buscando entendimento e garantias junto aos patrões.
E para discutir, ampliar e definir a pauta de reivindicações que será entregue ao sindicato patronal, será realizada uma ASSEMBLEIA GERAL DOS TRABALHADORES nesta quinta-feira, 04 de abril, a partir das 18h, na sede do Sindicato (Rua Caramuru, 330 – Centro / Canoas). A participação da categoria neste primeiro momento é fundamental para a legitimidade e o fortalecimento da campanha, ainda mais em um cenário cada vez mais desfavorável aos trabalhadores. “A campanha salarial é o período de grandes mobilizações em torno da valorização salarial. Mas nos últimos anos tem sido também o momento de unificar forças contra o massacre dos direitos da classe trabalhadora”, afirma o presidente Paulo Chitolina.
Todos atentos à conjuntura
Desde 2016, a luta contra as mudanças na legislação trabalhista – via Reforma Trabalhista – é intensa. O Sindicato, junto com o Departamento Jurídico, lançou informativos e cartilhas, realizou debates e seminários, e esteve a frente nas negociações e acordos que amenizaram os impactos da nova lei. Mesmo assim, o desemprego em todo país é crescente e as garantias trabalhistas estão sendo sucumbidas pela ampliação do trabalho informal, temporário, terceirizado e/ou intermitente.
E não bastando atacar as leis que garantiam contratos de trabalho justos e seguros, sem esquecer também dos ataques às instituições de defesa dos trabalhadores (Sindicatos, Justiça do Trabalho, etc), querem acabar com o direito à aposentadoria. A proposta de Reforma da Previdência, já tão prejudicial no governo Temer, se faz ainda pior no atual governo. Para além da fixação de idade mínima e um tempo amplo de contribuição, buscam retirar da Constituição Federal a seguridade social e acabar com o atual sistema solidário de previdência, ou seja, uma reforma que atingirá até os que hoje se encontram aposentados e são dependentes deste formato de sustentação do sistema.
A valorização da categoria, das condições de trabalho e dos salários passa por uma luta em defesa da permanência dos direitos. Junte-se ao Sindicato nas assembleias, nas mobilizações na porta da fábrica e na organização geral da campanha.
Fonte: STIMMMEC