#Destaques | 20/06/2018
Após os poucos avanços que houveram nas três reuniões de negociação com o sindicato patronal, metalúrgicos da CUT de todo o Rio Grande do Sul intensificam as mobilizações. A categoria reivindica um reajuste salarial de 2,5% em cima do INPC (1,69%). A patronal defende como reajuste apenas 1,69%, e não apresentou proposta referente ao vale alimentação de R$ 250,00. Diante disso, os sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTM-RS) promovem um conjunto de ações para denunciar o descaso da patronal.
Nesta terça-feira (19), o Sindicato dos Metalúrgicos de Erechim iniciou uma série de acampamentos em frente as maiores fábricas da base (Comil, Triel, Cercena, Intecnial, Menno, Mepel). “No primeiro momento, será uma empresa por dia”, explica o presidente do Sindicato, Fábio Adamczuk.
Segundo ele, a ideia é denunciar o que os patrões ofereceram. “É muita falta de respeito com os trabalhadores. As principais empresas da região não apresentaram diminuição na produção ou rendimentos. As outras, que apresentaram alguma dificuldade no último período, mostram sinais de recuperação”, afirma o dirigente.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Cachoeirinha também já elaboraram o calendário de assembleias nas portas de fábricas para as próximas semanas. As atividades que iniciam amanhã (20), vão acontecer na Fallgatter, Imbracel, Eletroforja, Parker, Ecoplan e Elster.
Para o presidente da entidade, Marcos Muller, a unidade da categoria é fundamental para garantir a manutenção da Convenção Coletiva de Trabalho. “Também estamos lutando por um aumento real, acima do índice do INPC”, completa o dirigente. De acordo com ele, o Sindicato já está conversando com os metalúrgicos nas fábricas, explicando o andamento da negociação. “O nosso objetivo é que a patronal melhore a proposta e valorize seus trabalhadores”, conclui.
Outras ações desenvolvidas pelos sindicatos é o uso de carro de som e panfleteação dos boletins produzidos pela FTM-RS ou elaboração de materiais específicos por fábricas. Além do debate com os trabalhadores nas portas de fábricas.
Na plenária de balanço das negociações da Campanha Salarial 2018, realizada no dia 14 de junho, o presidente da Federação, Jairo Carneiro, reforçou a importância da mobilização da categoria perante os cenários político e social que vive o país. “Precisamos reforçar nossa posição e defender os direitos conquistados com muita luta”, disse ele em referência à ceifada de direitos que está acontecendo em todos os âmbitos da vida das pessoas.
Além do reajuste salarial, a pauta dos metalúrgicos tem14 reivindicações entre cláusulas sociais e econômicas.
Fonte: FTM-RS