#Destaques | 05/06/2018
Foram iniciadas as negociações da Campanha Salarial 2018. Com a pauta debatida, aprovada e entregue à patronal ainda no mês de abril, somente no último dia 23 de maio ocorreu a primeira rodada entre as partes. Na discussão, além das cláusulas econômicas, que tratam do reajuste, do piso e de outras medidas para enfrentar o aumento do custo de vida, o Sindicato levantou a necessidade de debater alguns direitos alterados pela atual reforma trabalhista (aprovada em novembro último) e, com isso, amenizar os impactos dessas mudanças. No entanto, mesmo após o segundo encontro, ocorrido em 30 de maio, os patrões se negam a debater e negociar questões fora das cláusulas econômicas.
Para o presidente Paulo Chitolina, a postura da mesa patronal condiz com o movimento descompromissado da classe empresarial do país com os trabalhadores(as). “Aprovaram uma reforma trabalhista que mais parece uma legislação patronal, não contendo qualquer proteção ou benefício aos empregados, e agora se negam a discutir ajustes relativos à aplicação da reforma que possam amenizar minimamente seus impactos”. Nas negociações, também ficou clara a satisfação dos patrões com a nova legislação.
Rotatividade e Terceirização também foram pontos aprovados em assembleia para discussão nesta campanha. Na edição 357 do informativo A Vez e a Voz, o Sindicato apresentou levantamento do Dieese, demonstrando que a rotatividade, ou seja, demitir trabalhador com salário maior e contratar outro para a mesma função com menor salário, foi uma prática constante nas metalúrgicas de Canoas no último ano. Com isso as empresas diminuíram significativamente o valor da massa salarial dos seus empregados, e no entendimento do Sindicato, é necessário que haja algum ajuste de forma a reparar esta queda de ganhos dos trabalhadores da base. Porém, a intransigência patronal reflete o interesse em precarizar a mão de obra e a vida dos trabalhadores(as).
Nos próximos dias, o Sindicato irá intensificar os debates e os encaminhamentos que serão tomados. O entendimento e a união de todos e todas será essencial para pressionar as negociações e desencadear as discussões acerca da pauta aprovada. Queremos reposição das perdas inflacionárias e a discussão de um aumento de 2,5% sobre o valor reajustado. Mas também queremos garantias sobre a dignidade, os direitos e a saúde da categoria.
A entidade listou vários temas referentes à Reforma Trabalhista, que foram discutidos e aprovados em assembleia pela categoria, e que encontram resistência por parte da bancada patronal em discuti-los.
Fonte: STIMMMEC