#Notícias | 07/02/2018
O Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita, em seu compromisso com a defesa dos direitos da base, enfrenta desde o final do último ano atritos com a direção da metalúrgica Liess, de Canoas. Em princípio, ao realizar uma assembleia com a categoria para questionar a iniciativa da empresa em inibir as homologações dos contratos de trabalho no sindicato, a entidade teve como resposta cartas afrontosas e uma publicação em veículo jornalístico não sindical que colocaram em cheque os direitos sindicais.
Não contente em retirar o direito que trabalhadores e trabalhadoras tem em revisar os valores do encerramento do contrato de trabalho junto à entidade sindical, formato que visa dar maior segurança para empregados e empregadores, a Liess entrou na Justiça Comum com um processo de Interdito Proibitório, impedido assim o acesso do Sindicato às proximidades da empresa e, consequentemente, limitando o diálogo com a categoria no local.
Exclusão dos trabalhadores terceirizados
Também no final de 2017, o sindicato tomou conhecimento da realização de um almoço especial para os trabalhadores sem a participação dos terceirizados que atuam no local. A direção da empresa chegou a retirar mesas e assentos do refeitório ainda na parte da manhã, durante o café. Neste momento, todos os trabalhadores se alimentaram de pé. Ao meio dia, o ambiente continuou precário, sem as mesas e os assentos, mas apenas para os terceirizados.
O sindicato dos trabalhadores repudia as atitudes tomadas pela Liess e alerta os trabalhadores(as) de toda a base para o caso presente. A aprovação da Terceirização e da Reforma Trabalhista cumpre desta forma com o seu objetivo: fragilizar e deslegitimar a atuação dos sindicatos na defesa dos direitos, afastando e/ou retirando da classe trabalhadora seus instrumentos de ação e defesa. Também, legitima na lei o direito de precarizar o bem estar de trabalhadores e trabalhadoras, assim como ferir sua dignidade.