#Notícias | 07/07/2017
Na manhã dessa quinta-feira(6), lideranças dos sindicatos metalúrgicos do Estado reuniram-se para debater a atual situação dos trabalhadores e trabalhadoras do setor de Reparação de Veículos. O encontro ocorreu na sede da Federação dos Metalúrgicos do RS (FTMRS) e contou ainda com a participação dos advogados assessores da entidade, Lídia Woida e Lauro Magnago, do escritório Woida, Magnago, Skrebsky, Colla & Advogados Associados.
Há mais de 40 anos, trabalhadores(as) da categoria, que atuam em oficinas de reparação autônomas e de autorizadas das concessionárias, são representados pelos sindicatos metalúrgicos do Estado, assim como trabalhadores(as) que atuam na área comercial, são representados pelos sindicatos do comércio. No entanto, essa representação passa por questionamentos e desmontes quanto ao enquadramento dessas atividades distintas.
As lideranças presentes afirmaram que o sentimento da categoria de reparação é que a representatividade continue com a metalurgia, frente à organização das normas e benefícios existentes na Convenção Coletiva que vigora, e da presença de diretores e diretoras do ramo na luta dos sindicatos metalúrgicos. “Os trabalhadores da reparação confiam na nossa atuação há muitos anos”, afirmou o presidente dos metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita, Paulo Chitolina.
No campo jurídico, a preocupação persiste para além do sentimento dos trabalhadores(as). Para os advogados presentes, a criação de um sindicato representante dos trabalhadores em concessionárias de veículos tratou de alterar as relações que até então se davam de maneira respeitosa entre as representações.
Para os assessores jurídicos da Federação, o reconhecimento do duplo enquadramento sindical – metalurgia e comércio – deve prevalecer, visto que não há preponderância das atividades. “A reparação de veículos revela-se tão importante quanto à venda, considerando-se que as concessionárias de veículos automotivos tanto vendem os veículos, quanto vendem a prestação de serviços mecânicos, não só para os comercializados no local, mas também para outros da mesma marca adquiridos em outras empresas”, salientou Lídia Woida.
Posta a atual situação da categoria, os presentes avaliaram alternativas e ações futuras com o objetivo de manter as relações e a dupla representatividade, até então bem sucedida.
Fonte: Rita Garrido / STIMMMEC