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#Notícias | 27/06/2017

Tirar a greve geral da clandestinidade, fortalecer a unidade e intensificar a mobilização. Essas são as principais tarefas apontadas pela plenária das centrais sindicais até a próxima sexta-feira (30), dia da paralisação nacional contra as reformas da Previdência e Trabalhista do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB). O encontro foi realizado na manhã desta terça-feira (27), no auditório do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, no centro da capital gaúcha.

 

 

 

Os dirigentes da CUT, CTB, Força Sindical, UGT, Nova Central, CGTB, Intersindical, CSP-Conlutas e CSB apontaram o crescimento da mobilização em todo o estado e no país e definiram os últimos encaminhamentos para a nova paralisação, além de várias vezes se referirem à greve geral de 28 de abril, a maior na história do Brasil. Também compareceram representantes de movimentos sociais, como a UNE, UBES, UEE Livre, DCE da UFRGS, MPA, MST e UBM.

 

 

 

Tirar a greve geral da clandestinidade

 

 

As centrais anunciaram que haverá manifestações desde as primeiras horas da manhã e, à tarde, será promovido um ato público no centro de Porto Alegre, em horário a ser definido. “É preciso reeditar o que foi vitorioso”, afirmou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, destacando que o sucesso do movimento de 28 de abril foi, em boa parte, à intensa divulgação na véspera, através de carros de som, cartazes, panfletagens e spot de rádio, diante da falta de visibilidade na mídia tradicional. “Essa mobilização fez com que tirássemos a greve da clandestinidade”, salientou.

 

 

 

De acordo com o dirigente da CUT-RS, a greve geral foi um marco na luta de resistência do último período. “Mas não tivemos conquistas após o dia 28 de abril. E se os ataques continuam e eles seguem, pois as reformas da Previdência e Trabalhista estão em tramitação no Congresso Nacional, a nossa mobilização deve permanecer e ser intensificada”, enfatizou.

 

 

 

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Pressionar Lasier e Ana Amélia

 

 

Para Claudir, é fundamental pressionar os deputados e os senadores Lasier Martins (PSD) e Ana Amélia (PP). “O Lasier se reuniu com as centrais, disse que votaria contra a reforma Trabalhista e agora parece que está em cima do muro. Não podemos permitir isso”.

 

 

Ele observou ainda que “se pactuarmos nesta plenária de botar a greve geral nas ruas, podemos ganhar a corrida antes de acontecer”. Claudir foi enfático ao finalizar: “o nosso recado para a população é que não saia de casa na sexta-feira. E, se saírem, que seja para participar dos atos e manifestações”.

 

 

 

Mobilização para enterrar as reformas de Temer

 

 

Quando a plenária foi aberta aos participantes, a diretora executiva da CUT Nacional, Mara Feltes, alertou para os  boatos sobre o dia 30 e os classificou como “artimanhas para nos dividir e enfraquecer o movimento junto à sociedade”. Para ela, essa semana será decisiva e, “por isso, precisamos de muita energia”.

 

 

 

O secretário de Relações do Trabalho da CUT-RS, Antônio Güntzel, apontou que a jornada de lutas das centrais já começa a dar resultados. “A derrota da reforma Trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado pode ter sido uma pequena vitória, porém foi muito significativa”, afirmou.

 

 

 

“Nossa mobilização está em sintonia com o que pensa a população”, declarou o secretário de Comunicação da CUT-RS, Ademir Wiederkehr ao divulgar a recente pesquisa do Ipesa, encomendada pela CUT-RS, segundo a qual 82,6% dos gaúchos querem diretas já e a maioria é contra as reformas da Previdência e Trabalhista e a venda de empresas públicas.

 

 

Clique aqui para acessar a pesquisa.

 

 

 

 

 

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Unidade das centrais para enfrentar os ataques do governo

 

 

Todos os dirigentes, que se manifestaram, apontaram a unidade das centrais como fundamental para o enfrentamento ao ataques do golpista Temer e para o êxito da greve geral.

 

 

 

Para Cláudio Correa, dirigente da Força Sindical, a situação não melhorou um milímetro para os trabalhadores e a mobilização das centrais está fazendo com que as pessoas tenham outra visão sobre os fatos. “A nossa pauta é unitária, embora a imprensa tente nos dividir o tempo todo”, destacou.

 

 

 

Representando a CSP Conlutas, Vera Guasso disse que há muito tempo não havia uma jornada tão forte e com tanta unidade “para enfrentar um governo disposto a fazer o serviço sujo”. Para ela, “isso aumenta a nossa responsabilidade. O movimento sindical não pode vacilar, é possível sim derrotar as reformas e tirar o Temer, não só por nossa vontade, mas através das possibilidades que estão abertas. A nossa unidade é decisiva pra enfrentarmos o capital”, defendeu.

 

 

 

Endossando a importância da união entre as centrais, o diretor da UGT-RS, Norton Jubelli Rodrigues, afirmou que “a palavra de ordem é unidade. Estamos unidos pra barrar as reformas e o governo que não tem legitimidade para nos representar”.

 

 

 

“Graças à nossa unidade, conquistamos muitos feitos no último período. O governo que está aí cumpre o papel que lhe cabe e não vão parar”, frisou o representante da CGTB, Éder Pereira. “Apenas a nossa luta trará esperança à classe trabalhadora”, concluiu.

 

 

 

Já o presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, salientou que o agravamento da crise exige a construção da unidade. “Estamos trabalhando intensamente para fazermos um grande movimento para enfrentar o capital que representa o governo golpista”, garantiu.

 

 

 

A assessora jurídica da Nova Central, Tiana Soares, classificou como fruto da unidade a vitória na CAS do Senado. “Dia 30 teremos mais uma grande possibilidade de enfrentar Temer, pois não é esse o modelo de estado que queremos”, declarou.

 

 

 

De acordo com o dirigente André da Costa, da CSB, a greve será exitosa devido à unidade. “Juntos  vamos enterrar esse governo, que só se sustenta por causa do capital estrangeiro”.

 

 

 

Na mesma linha, o representante da Intersindical afirmou que foi a unidade, além de todas as manifestações, que tornou a greve geral de 28 de abril um movimento mais do que grandioso, mas vitorioso. “E no dia 30 daremos continuidade à luta”.

 

 

 

 

 

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Coletiva de imprensa

 

 

Às 11h, os dirigentes sindicais saíram da mesa da plenária e foram se sentar na primeira fileira, junto com os demais participantes. Quem ocupou as cadeiras da mesa foram jornalistas do Correio do Povo, Sul21, Band, TV Pampa e TVT. Também estiveram presentes profissionais de imprensa de sindicatos e de movimentos sociais.

 

 

 

As centrais destacaram os preparativos da greve geral e responderam aos questionamentos dos jornalistas. Diversas categorias já decidiram participar do movimento e outras estão se organizando para se integrar também. Antes perder um dia de trabalho do que perder o futuro.

 

 

 

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Fonte: CUT-RS

 

 

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Publicado em:27/06/2017

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