#Destaques | 06/10/2016
Evento da Federação dos Trabalhadores na Indústria começou na última terça (4) e conta com a participação de 140 países
Mais de 1.300 sindicalistas de 140 países estão reunidos no Rio de Janeiro desde a última terça-feira (4) no 2º Congresso da IndustriALL Global Union, a Federação Internacional dos Trabalhadores na Indústria. Desse total, 150 são metalúrgicos e metalúrgicas da CUT de todo o Brasil. A abertura do evento, realizada no início da noite de terça, foi feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro segue até esta esta sexta-feira (7).
O Congresso debate o plano de ação global da entidade, focado na luta contra a precarização do trabalho e na liberdade para a ação sindical e é precedido de encontro do Comitê de Mulheres e de Juventude (realizado na segunda, dia 3) e de conferências regionais: África, América do Norte e América Latina (as três realizadas na segunda), Ásia e Europa (realizadas na terça, dia 4, antes da abertura).
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A IndustriALL nasceu em 2012, a partir da fusão de três federações internacionais de trabalhadores: Fitim (que representava os metalúrgicos), o ICEM (de químicos, petroleiros e trabalhadores em energia) e FITTVC (têxteis e vestuário).
A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) atuou decisivamente para que essa nova entidade mundial dos trabalhadores na indústria fosse criada e passasse a atuar globalmente, particularmente em ações voltadas às multinacionais. E, pela importância do Brasil no cenário mundial, dois metalúrgicos cutistas passaram a integrar a primeira direção da IndustriALL: Fernando Lopes (ex-presidente da CNM/CUT) e João Cayres (secretário geral da CUT/SP e, na época, secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT).
Parcerias
De lá para cá, várias parcerias foram feitas entre a CNM/CUT e a IndustriALL, entre elas projeto de formação de jovens lideranças sindicais e programa de formação de mulheres metalúrgicas de Moçambique, além de ações para fortalecer as redes sindicais em multinacionais e o debate de políticas setoriais, como na indústria automobilística e na siderurgia.
No âmbito mundial, a federação internacional também teve papel de destaque na luta por emprego decente, combatendo o trabalho precário, na articulação de Acordos Marco Globais em multinacionais como a Volkswagen e ações para garantir a livre atuação dos sindicatos em vários países.
“Com a globalização da economia, a luta sindical também teve de ser globalizada. Assim, a criação da IndustriALL foi fundamental para que os trabalhadores na indústria se unissem e tivessem respaldo e solidariedade internacional em suas lutas”, avaliou Paulo Cayres, presidente da Confederação.
Por isso, segundo ele, a CNM/CUT se dedicou muito para viabilizar o 2º Congresso da entidade no Brasil. “E a IndustriALL entendeu que o evento no Rio de Janeiro é uma forma do sindicalismo de todos os continentes apoiarem as lutas dos trabalhadores brasileiros contra os ataques que vêm sofrendo dos empresários e do governo golpista”, esclareceu, completando: “Não é à toa que o slogan do Congresso é ‘A Luta Continua’”.
Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT