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#Destaques | 08/07/2016

Na madrugada desta sexta-feira, 8, o Sindicato realizou assembleias informativas em mais duas empresas da categoria: Siemens e Maxiforja. As mobilizações têm como objetivo esclarecer trabalhadores (as) sobre o andamento da mesa de negociações do reajuste salarial, assim como abordar temas específicos de cada empresa e falar sobre a conjuntura política e econômica no Estado e no país.

 

Assembleia na Siemens, em Canoas, ocorreu na madrugada desta sexta-feira / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

 

 

Veja também: Assembleia na Edlo dá continuidade às mobilizações da Campanha Salarial

 

 

Às 4h, os dirigentes deram início à mobilização em frente à Siemens, em Canoas. Na ocasião, o secretário de organização e política sindical Antonio Munari falou sobre os acidentes de trabalho e a saúde dos (as) trabalhadores (as). O vice-presidente da entidade, Silvio Bica, abordou a campanha salarial, enfatizando que neste momento o Sindicato está realizando assembleias sem atrasos nos turnos de entrada. “Se as negociações não avançarem, nós vamos voltar aqui, atrasar a pegada e tomar café na porta da fábrica”, reforçou Bica.

 

Silvio Bica, vice-presidente do Sindicato, afirmou que as mobilizações devem se intensificar caso não ocorram avanços nas negociações / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

 

 

O presidente do Sindicato, Paulo Chitolina, enfatizou a ameaça de retiradas de direitos trabalhistas e fez uma reflexão sobre a conjuntura econômica e política atual, tanto na porta da Siemens, quanto em frente à Maxiforja, empresa onde foi realizada assembleia a partir das 7h30min.

 

 

“Eles querem fazer com que acreditemos que o déficit da previdência é culpa dos trabalhadores”, disse Chitolina, lembrando que a Previdência é superavitária, ou seja, lucrativa. “As questões econômicas, ligadas ao reajuste salarial, são muito importantes, mas temos que estar atentos também aos direitos trabalhistas”, reforçou ao listar ameaças à aposentadoria, ao fim da CLT e ao auxílio doença, que deve ter regras mais rígidas conforme anúncio de hoje do Governo Federal.

 

Chitolina tem forçado uma reflexão política e econômica na porta das empresas da categoria / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

 

 

O presidente também abordou a questão da rotatividade da mão de obra dentro das empresas, o que corresponde a demissões seguidas de contratações com salários mais baixos. “Repor as perdas inflacionárias e conceder aumento real nos salários é algo rapidamente equilibrado e compensado pelas empresas quando elas demitem e contratam novos trabalhadores com salários, em média, 40% mais baixos”, afirmou Chitolina. “É esta a reflexão que temos que fazer para lutar nesta campanha”.

 

 

Até o momento, já foram realizados cinco encontros para negociar o reajuste de 2016. Conforme lembrado nas assembleias desta manhã, o percentual de 9,83, que corresponde às perdas inflacionárias, ainda não foi atingido nas negociações. Uma nova reunião está marcada para a próxima terça-feira, dia 12.

 

Trabalhadores da Maxiforja ficaram atentos aos esclarecimentos / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

 

 

Fonte: Rita Garrido / STIMMMEC

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Publicado em:08/07/2016

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