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#Destaques | 31/03/2016

Ato teve início nas primeiras horas da manhã e contou com coxinhaço na Praça do Avião

 

Coxinhaço ocorreu na Praça do Avião, em Canoas / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

 

 

O 31 de março foi escolhido para marcar o dia nacional de mobilizações contra o golpe. Em todos os estados, mobilizações foram articuladas por centrais sindicais, sindicatos e movimentos populares para defender a democracia e garantir a permanência de direitos trabalhistas e sociais.

 

 

A data não é à toa: há 52 anos na história, tomava corpo o golpe que derrubaria João Goulart, o Jango, da presidência. Hoje, ainda que sem a presença e o apoio militar, um novo golpe se encaminha com o pedido de impeachment da presidente Dilma Roussef. Partidos de oposição como PMDB e PSDB, historicamente comandantes da política nacional, assim como a grande mídia, em particular a Rede Globo, articulam e fomentam o movimento golpista.

 

 

Em Canoas, a mobilização teve início às 7h, com uma vigília instalada na Praça do Avião, local tradicional do centro. Convocada pela Frente Brasil Popular da cidade, o ato contou com o apoio da CUT-RS, CTB; de sindicatos, como os metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita, Sindiliquida, Sindipolo, Sindiconstrupolo, Rodoviários e Municipários de Canoas; lideranças políticas do PT e do PCdoB; servidores públicos e trabalhadores metalúrgicos.

 

Vigília foi montada nas primeiras horas da manhã / Foto: Geraldo Muzykant / STIMMMEC

 

 

Durante a manhã, churrasqueiras foram montadas para o já tradicional coxinhaço, que foi aberto ao público ao meio dia. O ato de assar coxinhas representa, segundo Paulo Chitolina, presidente dos metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita, uma manifestação de descontentamento com aqueles que vão às ruas protestar, sem qualquer contexto, contra um único partido, o PT. “Muitos vão protestar contra determinados políticos, mas não se mobilizam contra outros. É uma seletividade político partidária cega e perigosa para a democracia”.

 

Tradicional coxinhaço ocorreu ao meio dia e foi aberto ao público / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

 

 

No início da tarde, o espaço foi aberto para as falas. Representando a Central Única dos Trabalhadores, Claudir Nespolo utilizou do contexto histórico para falar do momento político atual: “Hoje, 31 de março, estamos na praça descomemorando o golpe de 64 e denunciando o golpe que está em curso no Brasil”.

 

 

Nespolo exaltou a necessidade de se fazer o debate, seja nos bairros, nas fábricas, nos bancos ou nas escolas, com o objetivo de conscientizar a população sobre os atos golpistas que se instalam no país. “Os próximos dois anos e meio serão de luta de classes. Não vai ser fácil”.

 

Claudir Nespolo, presidente da CUT RS, marcou presença no ato / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

 

 

Jairo Jorge, prefeito de Canoas, também utilizou da história para lembrar as tentativas de derrubada dos governos que lutaram para instalar direitos sociais e trabalhistas. Ele lembrou que o governo de Getúlio Vargas, que criou a CLT, sofreu forte pressão das elites que dominavam o poder e os direitos, assim como ocorre nos dias atuais. “Uma frase, dita por Martin Luther King, define o nosso momento político. ‘O que me importa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons’. Frente a mais este movimento golpista, não podemos nos calar”, afirmou o prefeito.

 

 

Confira mais fotos da vigília em Canoas:

 

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Fonte: STIMMMEC

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Publicado em:31/03/2016

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