#Destaques | 09/03/2016
Em plenária realizada na tarde dessa terça-feira, dia 8, no auditório do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, a CUT-RS reforçou a importância da mobilização de todas as entidades sindicais na convocação dos trabalhadores para a grande manifestação em defesa da democracia, da Constituição e contra o golpe, que será promovida pela Frente Brasil Popular no próximo domingo, dia 13, às 14h, no Parque da Redenção, na capital gaúcha.
Vários sindicatos e federações de diversos ramos e regionais já estão organizando ônibus e caravanas para participar da atividade. Haverá também distribuição de panfletos nos próximos dias, alertando para o risco do golpe e chamando os trabalhadores e a população a comparecer.
Sem provocações
Também estão programados atos no próximo domingo em diversos estados, no mesmo dia em que estão previstas atividades dos golpistas do impeachment. “Não vamos disputar o maior tamanho dos protestos, muito menos queremos provocações e, por isso, vamos fazer a manifestação contra o golpe em local diferente, no Parque da Redenção, onde milhares de porto-alegrenses costumam passear aos domingos para tomar um chimarrão e relaxar”, explicou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.
“O que pretendemos é reforçar o movimento em defesa da democracia e dos direitos sociais e trabalhistas, que hoje estão ameaçados pelas elites golpistas de sempre, sob o comando midiático da Globo lá e da RBS aqui”, destacou.
Defesa dos direitos sociais e trabalhistas
“Os que defendem o impeachment da presidenta Dilma são os mesmos que apoiam o novo presidente da Argentina, Mauricio Macri, que logo no primeiro dia mudou a agenda do governo”, alertou o presidente da CUT-RS. Desde o mês de dezembro, quando ele assumiu, cerca de 40 mil funcionários foram demitidos e a conta de luz aumentou em até 300%, prejudicando os trabalhadores.
Claudir observou que “nós também estamos vendo esse filme aqui no Estado depois da posse do Sartori”. Segundo ele, “a maioria dos gaúchos foi induzida na campanha a votar contra o PT e derrotar a reeleição do Tarso. Agora, com o governo do PMDB, o que se vê são ataques aos servidores, com parcelamento de salários e retirada de direitos, falta de investimentos em saúde, educação e segurança, aumento linear de impostos e reajuste menor que a inflação do salário mínimo regional, dentre outras medidas”.
O presidente da CUT-RS frisou que, além de impedir o golpe, é preciso que Dilma mude com urgência a rota do governo. “Não queremos ajuste fiscal e reforma da previdência, mas a retomada do crescimento com aquecimento da economia e geração de empregos e renda”, defende Claudir.
Dia 13 é nosso
Ao longo da plenária, vários dirigentes da CUT, sindicatos, federações e confederações se pronunciaram, ressaltando a necessidade de resistir e acreditar na luta contra o golpe para defender o atual projeto de inclusão social no Brasil e na América Latina.
“Acabou a brincadeira. É preciso intensificar a mobilização para enfrentar e derrotar os golpistas nas ruas. O dia 13 é nosso”, salientou Claudir.
As próximas manifestações em âmbito nacional da Frente Brasil Popular estão marcadas para os dias 18 e 31 de março.
Fonte: CUT-RS