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#Destaques | 09/03/2016

A crise mundial não vem poupando os milhões de empregos no mundo. E, tudo indica, vem mais desemprego por aí nos próximos anos, pois a nata do capitalismo mundial, durante o Fórum Econômico Mundial realizado em Davos, Suíça, anunciou que a chamada 4ª revolução industrial – já em formação – pode gerar mais de 5 milhões de desempregados nas indústrias até 2020.

 

 

Aqui em nosso país, mais precisamente na região metropolitana de Porto Alegre, a situação está bastante complicada, ainda mais para os trabalhadores e trabalhadoras das indústrias metalúrgicas. O número de empresas sem produção, perdendo contratos, alegando não ter dinheiro para pagar os salários, se transferindo para outras regiões e estados, pedindo recuperação judicial, fechando setores e até as portas, vem assustando a todos.

 

 

Aqui em Canoas, a Micheletto fechou as portas entre 2013 e 2014. Em 2015, foi a vez da MWM International. Na semana passada, a GE – General Eletric (ex-Coemsa, Areva e Alstom) anunciou o fechamento da unidade Wind, fábrica de torres eólicas. Empresas de médio e grande porte estão demitindo trabalhadores/as supostamente ociosos, como é o caso da Agco, Midea Carrier e Madef, sem contar as de pequeno porte, como a Metalúrgica Francapi, por exemplo.

 

 

“Não temos números precisos porque as homologações de trabalhadores/as com menos de um ano na empresa não passam pelo sindicato, mas seguramente as indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico de Canoas e Nova Santa Rita demitiram mais de três mil funcionários de 2014 para cá”, revelou o presidente do sindicato, Paulo Chitolina. “Por meio de negociações e ações na Justiça, o sindicato tenta evitar as demissões em massa, mas nem sempre isso é possível. Resta-nos lutar para que os demitidos recebam suas verbas rescisórias como manda a lei, sem perdas e com alguns benefícios extras pra enfrentar o desemprego, como é o caso, por exemplo, dos demitidos da Agco” (veja na página 4).

 

 

“O pior é que estes trabalhadores e trabalhadoras tendem a ficar um bom tempo desempregados porque outras empresas de fora da base também estão em situação difícil. Certamente esse quadro também vai pesar na hora da campanha salarial, quando vamos precisar do maior apoio possível dos/as trabalhadores/as que vão sofrer a pressão da classe patronal contra as mobilizações”, concluiu.

 

 

Fonte: STIMMMEC

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Publicado em:09/03/2016

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