#Destaques | 09/03/2016
Trabalhadores/as, preparem-se! Vem aí a campanha salarial 2016.
Sabemos que essa conjuntura de desemprego e recessão vai dificultar muito as negociações, mas também sabemos que quem criou esta crise não foi a classe trabalhadora. Os trabalhadores e trabalhadoras das fábricas, do comércio, do meio rural e dos serviços são meras vítimas da situação complicada que vive nosso país, especialmente vítimas do desemprego, do arrocho salarial e das tentativas de retirada ou flexibilização de direitos e benefícios.
Embora seja mundial, a crise no Brasil foi incrementada por um conjunto de fatores criados pela grande mídia e por setores golpistas da classe política e do Judiciário, que lutam para derrubar a presidenta Dilma e seu possível sucessor (Lula). Deixaram os escrúpulos de lado e pautaram seu dia a dia na tarefa de perseguir e criminalizar pessoas e entidades que apóiam ou têm algum vínculo com a esquerda brasileira. O circo em cima da Operação Lava Jato ajudou a aprofundar a crise econômica do país. Outros fatores também foram criados por governos e pela classe empresarial, que não gosta da intervenção do Estado em seus negócios, mas vive do crédito, das desonerações e de outros benefícios concedidos por ele, e que parou de investir por conta da insegurança gerada na economia, alimentando ainda mais esta crise.
Como nós, classe trabalhadora, não somos responsáveis por este quadro adverso, vamos reivindicar na campanha salarial o fim das demissões, um reajuste digno para todos e avanços em benefícios consagrados nas convenções coletivas.
As perdas salariais de nossa categoria já ultrapassam os 7% e, segundo economistas do Dieese, tendem a ficar na casa dos dois dígitos. Neste caso, teremos o enorme desafio de recuperar o que a inflação comeu entre maio de 2015 e abril de 2016.
Veja na tabela abaixo a evolução de nossas perdas, segundo o INPC.
Fonte: STIMMMEC