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#Destaques | 07/03/2016

Esquina Democrática foi tomada por militantes após condução coercitiva para depoimento do ex presidente Lula

 

 

O final da tarde de sexta-feira, dia 4, foi marcado por grandes atos em todo o país pela defesa da democracia e do ex presidente Lula. Convocada de última hora pelo PT, PCdoB, Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional de Estudantes (UNE) e um conjunto de movimentos sociais, a mobilização de Porto Alegre reuniu centenas de militantes na Esquina Democrática que, após o ato, marcharam até o Largo Zumbi dos Palmares.

 

 

Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita marcou presença na mobilização de Porto Alegre / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

 

 

O ex-governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, participou do ato e manifestou total solidariedade a Lula e à família do ex-presidente. “Não vai ter golpe, vai ter luta pela democracia e pela soberania do povo brasileiro. Não queremos que nada seja escondido sobre corrupção, mas que tudo seja feito segundo as leis e a Constituição”, afirmou.

 

 

Representantes de movimentos sociais, entidades sindicais e de organizações de juventude do PT e do PCdoB anunciaram uma mobilização permanente nas próximas semanas, enquanto durarem as tentativas de derrubada da presidenta Dilma Rousseff e de atingir a imagem do ex-presidente Lula. “Acabou a brincadeira”, disse Claudir Nespolo.

 

 

O presidente da CUT-RS fez um chamado para que o ato do dia 13 reúna cerca de 50 mil pessoas no Parque da Redenção. Novas mobilizações também foram convocadas para o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

 

 

Ministro do STF critica condução coercitiva de Lula

 

 

“Condução coercitiva? O que é isso? Eu não compreendi. Só se conduz coercitivamente, ou, como se dizia antigamente, debaixo de vara, o cidadão de resiste e não comparece para depor. E o Lula não foi intimado”, criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, segundo informações da coluna de Monica Bergamo na Folha de S.Paulo.

 

 

Na manhã de sexta-feira, 04, a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação chamada de Aletheia, termo grego que significa “a busca da verdade”. Quarenta e quatro mandados judiciais foram cumpridos, sendo 33 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva no estados da Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo contra o ex-presidente.

 

 

Além da casa de Lula, o Instituto Lula e casa do filho Fábio Luiz também foram alvos da operação. De acordo com a PF, são investigados os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, entre outros praticados por diversas pessoas no contexto de esquema criminoso revelado e relacionado à Petrobras. Lula prestou depoimento à PF por três horas no Pavilhão das Autoridades, que fica localizado ao lado do aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

 

 

A maneira como a operação foi conduzida levantou duras críticas ao juiz Sergio Moro e para muitos foi vista como um “tiro no pé”, por ter provocados grandes mobilizações em apoio ao ex-presidente e ao governo da presidente Dilma Rousseff em todo o país.

 

 

Mello afirmou que é preciso colocar “os pingos nos ‘is’. “Vamos consertar o Brasil. Mas não vamos atropelar. O atropelamento não conduz a coisa alguma. Só gera incerteza jurídica para todos os cidadãos. Amanhã constroem um paredão na praça dos Três Poderes”, e ironizou o argumento de Moro e dos procuradores de que a medida foi tomada para assegurar a segurança de Lula. “Será que ele [Lula] queria esta proteção? Eu acredito que na verdade este argumento foi dado para justificar um ato de força. Isso implica em retrocesso, e não em avanço”.

 

 

Fonte: STIMMMEC (com informações de Sul 21 e Pragmatismo Político)

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Publicado em:07/03/2016

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