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#Notícias | 09/09/2015

Se comparada com 2014, a campanha salarial dos metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita teve menor duração. Porém, os inúmeros impasses que surgiram desde o seu início, no mês de abril, até a assembleia decisiva, realizada no dia 2 de setembro, fizeram deste ano um dos mais difíceis para as negociações da categoria.

 

 

Após realizar uma assembleia para a retirada das demandas que seriam negociadas junto aos patrões, o Sindicato abriu a mesa de negociações e priorizou o diálogo para chegar a um bom acordo. Por sua vez, os representantes patronais relutaram em sentar para negociar, dando início às negociações apenas no mês de junho. Neste espaço de tempo, o Sindicato realizou assembleias na porta das fábricas para conscientizar os trabalhadores sobre o ritmo lento imposto pela mesa patronal e para esclarecer temas urgentes que ameaçavam retirar direitos, como a terceirização sem limites.

 

 

Aproveitando-se da suposta crise econômica e política no país, os patrões seguiram irredutíveis, negando-se a conceder um aumento real e apresentando uma proposta indecente, concedendo a inflação parcelada, em duas vezes, sendo a segunda parcela apenas em 2016. A partir deste momento, ficou claro para o Sindicato que a luta seria para garantir que os trabalhadores não tivessem perdas salariais dentro do ano vigente.

 

 

Em todo o Estado, a categoria metalúrgica enfrentou propostas abaixo das pautas estabelecidas no início das campanhas. Algumas bases, como Porto Alegre, enfrentaram patrões que ofereciam menos que as perdas inflacionárias estabelecidas a partir da data base. A mesa patronal se uniu em um discurso de crise e se manteve relutante nas negociações, que pouco avançavam a cada encontro.

 

 

Mesmo com uma proposta de parcelamento dentro do ano de 2015, os trabalhadores entenderam que podiam avançar e melhorar o reajuste. Assim, recusaram o acordo durante a assembleia geral realizada no dia 29 de julho e decretaram o Estado de Greve. O Sindicato organizou uma série de paralisações nas principais empresas da base com o objetivo de pressionar a patronal a melhorar a última proposta apresentada, que previa a segunda parcela do reajuste em dezembro.

 

 

Em várias empresas – entre as quais a Maxiforja, AGCO, Metalmolas, Midea Carrier, Forjasul, Alstom, Siemens, CEL, Liess e Harman foram feitas fortes mobilizações (veja fotos nesta e na página anterior). Boa parte delas aderiram à paralisação durante todo o dia, quando os trabalhadores foram convidados a voltar às suas casas.

 

 

Vendo que os trabalhadores eram favoráveis às paralisações, até por terem decidido junto ao Sindicato o Estado de Greve, os patrões apelaram para a segurança pública. Em boa parte das mobilizações, a Brigada Militar se fez presente nas portas das fábricas e em muitos casos auxiliando os empresários a colocar os trabalhadores para dentro. Esta ação foi vista pelo Sindicato como ilegítima, visto que é um direito da entidade realizar mobilizações e paralisações pela categoria.

 

 

Após três semanas de mobilizações quase que diárias, uma nova reunião entre as partes foi realizada, desta vez, com uma proposta de parcelamento mais adequada à situação da categoria e do ano. No dia 2 de setembro, em Assembleia Geral, a categoria decidiu por aprovar a proposta de reajuste citada nas páginas anteriores.

 

 

O Sindicato entende que, com a aprovação da proposta, os trabalhadores compreenderam as ações de luta do Sindicato durante os últimos cinco meses. Diante de um ano difícil para a categoria, a entidade lutou, e continua a lutar, para garantir que não hajam perdas, nem econômicas, nem de direitos.

 

Confira galeria de fotos das paralisações

 

 

 

Oposição é irresponsável e mentirosa

 

 

Infelizmente, um pequeno grupo de metalúrgicos até hoje ressentidos com a perda na eleição sindical passada andou mais uma vez distribuindo um boletim em algumas empresas pra fazer o jogo do patrão, ou seja, falar mal do sindicato e da direção do sindicato.

 

 

Embora o boletim que distribuem seja chamado “Chão de Fábrica”, o que menos se vê é eles – com raríssimas exceções – fazerem luta dentro das fábricas. Aliás, nem nas mobilizações em portas de fábrica eles aparecem. Tanto é verdade que a direção do sindicato, nestes quase cinco meses de campanha – e não três como dizem em seu panfleto mentiroso – fez inúmeras mobilizações, inclusive com paralisações em diversas empresas, sofrendo a ação antissindical, coibitiva e até repressiva de patrões e da polícia e estes que se dizem revolucionários e que criticam a ação da entidade e sua direção não foram capazes de dar uma mão, ajudar a organizar e manter a mobilização. E depois, em seu panfleto dizem que a diretoria do sindicato deu mole para os patrões.

 

 

São “turistas”, que só aparecem nas fábricas para distribuir impressos e em assembleias no sindicato para tumultuar, fazer politicagem, falar mal da diretoria, falar mal da entidade, falar mal da CUT, dizer que ela é atrelada ao governo e toda aquela cantilena que, em resumo, diz o seguinte: “ninguém presta, só a gente é que presta”.

 

 

Orientados por uma central sindical que defende projetos de combate ao desemprego simpáticos aos patrões – como o lay-off, por exemplo – eles fazem uma oposição irresponsável, sem propostas concretas, adotando a greve geral como solução pra tudo, até pra se conseguir um reajuste melhor. Como querem fazer uma greve geral numa conjuntura em que é difícil parar uma única empresa? Como querem fazer greve geral, se eles não ajudam em nada e não mantêm o principal combustível de uma greve que é a unidade e a solidariedade entre todos?

 

 

A categoria deve ficar atenta e não cair na conversa fiada e nas mentiras de pessoas que, na verdade, só tem um objetivo: fazer politicagem e tentar dividir e desgastar nosso sindicato perante a categoria, assim como fazem os patrões.

 

 

Fonte: STIMMMEC

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Publicado em:09/09/2015

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