#Notícias | 12/08/2015
As duas unidades coligadas da Alstom em Canoas estão paralisadas desde a madrugada de hoje, 12 de agosto. Tanto os trabalhadores/as do primeiro turno quanto os do turno administrativo voltaram para suas respectivas casas. A paralisação se estende para o terceiro turno, às 14 horas.
A mobilização faz parte das sucessivas ações sindicais promovidas pelo sindicato a partir da assembleia geral do dia 29 de julho, que decretou estado de greve e o acirramento das mobilizações da campanha salarial. A categoria rejeitou a proposta patronal rebaixada, prevendo o reajuste parcelado das perdas causadas pela inflação. Para piorar o quadro, os representantes patronais resolveram trancar a mesa de negociações. “Não concordamos com esta atitude e deixamos claro para os trabalhadores e trabalhadoras de que a intransigência está do lado dos patrões e de que estamos, sim, dispostos a continuar negociando um acordo que seja bom para ambos os lados”, disse o presidente Paulo Chitolina.
Para o secretário-geral do sindicato e da Federação dos Metalúrgicos, Flávio de Souza, o Flavião, funcionário da Alstom, “não podemos aceitar o parcelamento do jeito que foi apresentado, até porque quando um trabalhador vai pagar uma conta não lhe é dada a chance de pagar de forma parcelada. Os trabalhadores e trabalhadoras precisam recompor o quanto antes seus salários”.
Desta forma, a campanha salarial caminha para a realização de uma greve geral ou de paralisação simultânea de inúmeras fábricas metalúrgicas de Canoas e Nova Santa Rita.
Solidariedade CUTista
Dirigentes sindicais do Sindiconstrupolo, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo e do Sindicato dos Sapateiros de Novo Hamburgo, entidades cutistas, estiveram presentes desde a madrugada, ajudando na mobilização em frente à Alstom.