Em estado de greve, categoria realiza uma série de mobilizações pela campanha salarial

 

Desde as primeiras horas da manhã, dirigentes sindicais da base de Canoas e Nova Santa Rita realizam mobilização em frente à AGCO, em Canoas, onde os trabalhadores estão sendo convidados a retornarem às suas casas. Em plena campanha salarial, o sindicato que representa a categoria metalúrgica, busca melhorar a última proposta de reajuste apresentada pela mesa patronal (5% retroativos a maio e o restante para completar 8,34% em dezembro) através de paralisações diárias em diversas fábricas da categoria.

 

 

 

Rejeitada por unanimidade durante assembleia do dia 29 de julho, a última proposta apresentada pelos representantes dos empresários oferecia a inflação parcelada em duas vezes. Desde as primeiras negociações entre as partes, a mesa patronal insiste em oferecer um reajuste parcelado. Porém, o sindicato sempre reforçou sua posição contra esta prática e conta hoje com várias empresas da categoria que já concederam o reajuste repondo as perdas inflacionárias e até concedendo aumento real.

 

 

 

Na última terça-feira, dia 4, a entidade deu início a uma série de mobilizações pelas fábricas da base. No dia, os dirigentes paralisaram as atividades da Maxiforja e também convidaram os trabalhadores a retornarem às suas casas. A adesão por parte da classe trabalhadora foi de 100%, sem qualquer enfrentamento ou tentativa de entrar na fábrica.

 

 

Nesta quinta-feira, a mobilização ocorre durante todo o dia na AGCO onde, desde a chegada dos primeiros trabalhadores, por volta das 7h, os dirigentes orientam para a paralisação geral. Sindicatos da região, como Porto Alegre, Novo Hamburgo, Sapiranga, e representantes da Federação dos Metalúrgicos do Estado, também marcaram presença e realizaram uma assembleia em frente à fábrica. Em pauta, a conscientização dos danos da terceirização, a redução da maioridade penal, a importância das mulheres nas lutas cotidianas e a necessidade de mobilizações para garantir direitos.

 

 

 

 

Fonte: Rita Garrido / STIMMMEC