Em várias regiões, a mobilização é crescente para enfrentar a intransigência patronal e defender as reivindicações da categoria. Mais de 600 mil cutistas estão em campanha.

 

Metalúrgicos da CUT de várias regiões do Brasil estão ampliando a mobilização em defesa das reivindicações de suas campanhas salariais. No Rio Grande do Sul, por exemplo, os trabalhadores de Canoas e Porto Alegre começaram a paralisar empresas nesta sexta-feira (31) após rejeitarem a proposta patronal feita na quarta-feira (28). Sorteios diários vão decidir quais fábricas serão paralisadas. Já em Pernambuco e Minas Gerais, a pauta de reivindicações foi entregue nesta quinta-feira (30) aos sindicatos patronais. No Amazonas, também há mobilizações crescentes. Já em São Paulo, as primeiras negociações ocorreram esta semana.

 

 

Confira a seguir o andamento das campanhas salariais pelo país:

 

 

• Amazonas: cerca de 110 mil trabalhadores do Polo Industrial de Manaus (PIM) lutam por reajuste salarial de 16% nas negociações da convenção coletiva de 2015. A data base da região é 1º de agosto e, além da reposição das perdas inflacionárias de 9%, o percentual restante reivindicado refere-se à produtividade e aumento real. Além disso, a pauta propõe custeio pelas empresas de 90% de despesas com medicamentos e faculdade e seis meses de licença-maternidade para as metalúrgicas. Diariamente estão sendo feitas assembleias com panfletagem e paralisações nas fábricas. O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Cayres, esteve em assembleias feitas no último dia 24, para apoiar a luta da categoria.

 

 

• Criciúma (SC): a categoria reivindica 15% de reajuste. A próxima mesa de negociação acontece na próxima quarta-feira (5). A data base do é 1º de julho e estão em campanha 1.400 trabalhadores distribuídas em 29 municípios da região.

 

 

• Minas Gerais: Os metalúrgicos do Estado realizaram um ato nesta quinta-feira (30) em frente ao prédio da Federação das Indústrias, onde os metalúrgicos entregaram a pauta de reivindicações da campanha salarial unificada de 2015. A data-base dos 250 mil metalúrgicos é 1º de outubro. A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT/MG) – que representa quase 150 mil trabalhadores – conduz a Campanha Salarial e as negociações, ao lado das duas outras federações estaduais da categoria (ligadas à Força Sindical e à Central dos Trabalhadores do Brasil). A categoria reivindica reajuste de 13,5% e a pauta mínima do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho (CCNT), que inclui itens que contemplam a saúde e a segurança do trabalhador, creche, demissões, acesso ao local de trabalho e redução de jornada.

 

 

• Pernambuco: a pauta de reivindicações foi entregue nesta quinta-feira (30) ao sindicato patronal. Os metalúrgicos reivindicam o reajuste de 16% e 21% de aumento do piso salarial da região. A pauta, que foi aprovada em assembleia na última sexta-feira (24), pede jornada de 40 horas sem redução de salário, PLR para todos metalúrgico, vale alimentação, vale cultura, vale transporte gratuito, estabilidade para toda categoria por 12 meses, a partir de 1º de setembro, que é a data base da categoria. Estão em campanha salarial cerca de 40 mil trabalhadores.

 

 

• São Paulo: Os metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo deram início à Campanha Salarial 2015 no início de julho, com a entrega da pauta de reivindicações para os seis grupos patronais. A data-base da categoria é 1º de setembro e estão em Campanha cerca de 200 mil trabalhadores na base da Federação dos Metalúrgicos de São Paulo. Da pauta, constam a redução da jornada de trabalho sem redução no salário, a reposição da inflação e aumento real de salários; unificação e valorização dos pisos e ampliação das cláusulas sociais.

 

 

Fonte: Shayane Servilha – Assessoria de Imprensa da CNM/CUT