#Notícias | 27/03/2015
Desde o ano passado, a crise alegada pelos patrões das montadoras de veículos vem atingindo os setores de autopeças, fabricação de motores, montagem de caminhões e outras fábricas da cadeia produtiva. Em 2014, a unidade de Canoas da MWM International patinou e, no segundo semestre, a direção do Sindicato dos Metalúrgicos iniciou negociações para a manutenção dos postos de trabalho.
A situação não melhorou e, em razão de problemas com o contrato com a General Motors, a produção da MWM praticamente estagnou no início deste ano. A empresa mandou funcionários ficarem em casa até segunda ordem. Depois, abriu um PDV, que teve adesão de 83 funcionários. Por fim, comunicou que, no total, faria a demissão de 180 funcionários e estaria disposta durante o mês de março a negociar algumas vantagens rescisórias para os demitidos.
Durante o dia 26 de março, a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas esteve presente na entrada dos três turnos da MWM para informar os trabalhadores e trabalhadoras sobre as negociações feitas com a direção da empresa. As vantagens rescisórias conquistadas para os trabalhadores que aderiram ao PDV foram também concedidas aos demais demitidos. No acordo, quem possuía até 15 anos de casa, receberia dois salários a mais. Acima de 15 anos, 2,5 salários a mais na rescisão. A empresa também firmou compromisso de manter o plano de saúde extensivo aos dependentes por, no mínimo, mais quatro meses, e liberar para os demitidos o dinheiro do fundo de aposentadoria Brasilprev.
Fonte: Jornal A Vez e a Voz do Peão / STIMMMEC