#Destaques | 28/01/2015
Vigília realizada no centro de Porto Alegre contou com o apoio e a participação do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita
28/01/2014
Convocado pelas Centrais Sindicais, centenas de pessoas participaram na manhã desta quarta-feira, 28, do Dia Nacional de Luta em Defesa dos Empregos e dos Direitos, em Porto Alegre. O encontro ocorreu em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, no centro da Capital, seguido da entrega de um documento ao órgão.
Durante o ato, as entidades condenaram as Medidas provisórias 664 e 665, anunciadas sem consulta ou discussão com o movimento sindical, que prejudicam a população de baixa renda e, em particular, os trabalhadores. A MP 664 trata de mudanças nas regras de pensão e auxílio doença; a MP 665 trata de mudanças nas regras do seguro-desemprego, abono e período de defeso do pescador.
Após a manifestação, os representantes das entidades entregaram um documento ao Superintendente Regional do Trabalho e Emprego no RS, Neviton Nornberg, que colocou o órgão à disposição dos trabalhadores.
Claudir Nespolo, presidente da CUT-RS, lamentou o governo dificultar o acesso ao seguro-desemprego com a exigência de 18 meses de trabalho nos 24 meses anteriores à demissão: “Isso vai impedir o acesso dos trabalhadores jovens ao benefício, devido a grande rotatividade nas empresas. É um absurdo que se mexa numa política de ajuda social para o trabalhador que perde o emprego”. O dirigente ainda destacou a taxação de grandes fortunas e os investimentos em gestão para garantir um desenvolvimento social justo.
Nornberg enfatizou que as medidas foram acordadas entre o ministério da Fazenda, Planejamento e previdência, mas garantiu que levará o documento até o Ministério do Trabalho: “Podem contar com o ministério do Trabalho para intermediar qualquer debate e rediscutir as MPs. Estamos abertos ao diálogo para preservar o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
MOBILIZAÇÕES PARA PRESSIONAR O GOVERNO
O Dia Nacional de Luta em Defesa dos Empregos e dos Direitos, que ocorre durante todo o dia de hoje em várias cidades do País, é a primeira de uma série de mobilizações que buscam pressionar o governo após o anúncio das MPs.
Convocado pelas centrais Sindicais, o movimento ganha força com a participação de diversos sindicatos filiados e de trabalhadores que não aceitam o retorcesso que estas mudanças apontam.
Na próxima terça-feira, 3 de fevereiro, haverá uma reunião com as centrais sindicais e membros do governo federal, em Brasília. No dia 26 de fevereiro será realizada a Marcha da Classe trabalhadora, em São Paulo.
Fonte: Renata Machado (CUT-RS) e STIMMMEC