Conversa buscou apurar o que é necessário fazer para melhorar a luta e a assistência à classe aposentada

          O que é preciso fazer para melhorar a luta e a assistência aos aposentados e seus respectivos dependentes? Para debater o assunto, trocar ideias e celebrar a recente conquista nas urnas do sindicato, os trabalhadores e trabalhadoras aposentados se reuniram nesta sexta-feira, 5 de setembro, para um almoço. O evento – chamado de Encontro de Integração e Diálogo do Sindicato com os Aposentados Associados – iniciou às 11 horas e foi organizado pela entidade, com o apoio do Departamento dos Aposentados Metalúrgicos, criado há quase um ano para integrar e organizar politicamente os aposentados da base de Canoas e Nova Santa Rita.

           Num primeiro momento, o presidente Paulo Chitolina e o secretário-geral, Flávio de Souza, o Flavião, deram as boas-vindas aos presentes e agradeceram pela participação dos aposentados na eleição que reelegeu o projeto CUTista no sindicato. “Mesmo sob forte chuva, grande parte dos associados aposentados compareceu para votar na urna da sede, onde cerca de 90% dos eleitores votaram na nossa chapa, a Chapa 1”, lembrou o presidente.

           Logo em seguida, o assessor jurídico da entidade e especialista em Direito Previdenciário, Dr. João Lucas de Mattos, falou das dificuldades enfrentadas pelos aposentados e por quem pretende se aposentar em breve, entre as quais o fator previdenciário, mecanismo perverso criado pelo Governo FHC para desestimular aposentadorias precoces, mas que hoje causa a redução drástica de até 40% do valor das aposentadorias, os critérios diferentes adotados para o reajuste do salário mínimo e do salário dos aposentados, que causam uma redução substancial nos benefícios, se considerados como parâmetro os reajustes anuais do mínimo, e a desaposentação, mecanismo por meio do qual os aposentados que continuaram na ativa, contribuindo para a Previdência Social, renunciam da aposentadoria atual para a troca de uma nova aposentadoria, com um benefício de renda mensal maior.

          Em seguida, o presidente do sindicato lembrou que o futuro dos aposentados passa pelas eleições gerais de outubro, e conclamou os aposentados avaliarem muito bem pra quem vão dar seus votos, pois a representação da classe trabalhadora no Congresso é pequena se for comparada com à de quem detém o poder econômico de nosso país. Para Chitolina, embora os empresários tenham sido bastante beneficiados pelas políticas econômicas do governo federal nos últimos 12 anos, querem a cada dia tirar mais e mais direitos da classe trabalhadora. “E eles têm uma representação muito forte no Congresso Nacional. É preciso ampliar o número de representantes da classe trabalhadora e participar do Plebiscito Nacional que está sendo promovidos pelos movimentos sociais, incluindo nosso sindicato, reivindicando uma Constituinte Exclusiva e Soberana para mudar o sistema político brasileiro, para enfrentar a imposição do poder econômico, combater o o oportunismo eleitoral e enfrentar essa subrepresentação que impede os avanços da classe trabalhadora no parlamento”, concluiu.

          O encontro encerrou com um almoço, momento em que direção, aposentados e outros convidados puderam interagir, trocar informações e relembrar os tempos em que eram trabalhadores da ativa.

Por: Geraldo Muzykant – Jornalista