#Destaques | 17/09/2014
Na manhã de hoje, foi distribuído boletim informativo no qual funcionários dizem também SIM a várias reivindicações não atendidas pela empresa
A campanha salarial 2014 segue em empresas que seguiram a orientação patronal de conceder apenas 6%, índice que mal repõe as perdas inflacionárias entre maio/13 e abril/14. A meta do sindicato é forçar tais empresas a conceder no mínimo os 8% conquistados por outras bases e setores metalúrgicos, como a Reparação de Veículos e as Máquinas Agrícolas.
Hoje pela manhã, a mobilização foi realizada na Urano, empresa de um ex-presidente do sindicato patronal e de uma candidata ao senado federal. A mobilização iniciou por volta das 7h e terminou às 9h e serviu para o sindicato, em nome da classe trabalhadora, mais uma vez reivindicar os 2% que a empresa está devendo aos funcionários e para distribuir um boletim informativo divulgando o sentimento da maioria dos funcionários locais, dizendo SIM a um reajuste salarial melhor e a outras reivindicações não atendidas pela empresa.
Conheça abaixo, na íntegra, o conteúdo do boletim informativo.
Sim, por um salário melhor!
Infelizmente, devido à jornada de trabalho imposta pelos patrões e pela legislação atual, a grande maioria dos trabalhadores não podem se dar ao luxo de ter dois empregos. Um aqui na empresa e outro fora, pra ganhar dois salários e não ter de brigar por 2% a mais nos rendimentos, como é o caso de uma conhecida jornalista gaúcha e de vários empresários deste país, que têm seus negócios lucrativos e estão nos parlamentos ganhando polpudos salários.
Aliás, O DIAP – Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar divulgou recentemente um estudo mostrando que a classe trabalhadora possui apenas 91 deputados e senadores realmente comprometidos com a classe trabalhadora. Enquanto isso, os empresários possuem, no mínimo, 273 representantes, motivo pelo qual antigos projetos da classe trabalhadora mofam nas gavetas das comissões, sem serem votados, entre eles a redução da jornada para 40 horas semanais, o fim do fator previdenciário e a igualdade de reajuste para o salário mínimo e para o salário dos aposentados que ganham acima do mínimo, por exemplo. Este é o motivo pelo qual precisamos pensar muito bem em quem votar nas próximas eleições.
Neste caso, só nos resta como trabalhadores/as assalariados e com um emprego só lutar por um salário digno e uma PLR que complemente e amplie um pouquinho os rendimentos anuais. É isso que nosso sindicato vem fazendo desde abril, quando entregou a pauta de reivindicações para o sindicato patronal e este, sem muita discussão, orientou as empresas a dar um reajuste que mal repôs a inflação e correu pra baixo da toga do Judiciário, ajuizando o dissídio.
Na primeira e única audiência, nosso sindicato rejeitou os 6% e disse para o juiz que estava negociando por fábricas um reajuste de 8%, índice conquistado por outros setores metalmecânicos. Várias empresas discordaram de seu próprio sindicato e concordaram em dar o reajuste que já beneficiou cerca de 70% da categoria em Canoas e Nova Santa Rita.
Infelizmente, a Urano é uma das poucas empresas de médio e grande porte que ainda não concedeu o aumento reivindicado pela categoria. E a luta continua.
– SIM, os/as trabalhadores/as precisam de diálogo e união, pensar no bem comum de todos, com ética, respeito e honestidade! Mas o diálogo e a união tem de ser agora, antes das eleições;
– SIM, os/as trabalhadores/as querem ser parceiros e querem ter êxito pelo desenvolvimento e pela prosperidade, a fim de conquistar uma PLR justa, elevando a renda de suas famílias;
– SIM, os/as trabalhadores/as querem ter compromisso com o futuro, mas não podem plantar agora para os filhos colherem depois. Os filhos precisam de alimentação adequada, calçados, roupas, material escolar etc agora!;
– SIM, os/as trabalhadores/as precisam de estímulos, como um reajuste de 8%, uma PLR justa, uma jornada de trabalho menos extenuante, com menos pressão, menos riscos, mais condições de trabalho e mais prevenção, uma remuneração melhor (a empresa paga o piso salarial para a maioria), uma chefia que trate com respeito os/as seus/suas subordinados/as, para que eles sintam prazer e não medo de trabalhar na Urano, um RH que não retenha CTPS e que libere a documentação previdenciária quando necessário, como manda a lei;
– SIM, à valorização dos/as funcionários/as. A empresa, assim como o Estado, tem de garantir por meio de uma remuneração justa educação, saúde, segurança e infraestrutura de qualidade para seu “povo”. Funcionários valorizados tendem a valorizar seus empregos, trabalhando mais, melhor e com mais qualidade;
– SIM, o discurso não pode ser meramente político e tem que valer para toda a classe trabalhadora. É preciso criar incentivos à progressão nas carreiras de funcionários públicos e também dos funcionários aqui da Urano;
– SIM, podemos elencar mais do que 111 motivos de protestos e reivindicações dos /as trabalhadores/as da Urano;
– SIM, em relação às reivindicações acima, qualquer semelhança é mera coincidência;
– SIM, estamos de olho!
Por: Assessoria de Comunicação Social do STI