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#Notícias | 26/05/2017

Mais de 150 mil trabalhadores marcharam em direção à Esplanada dos Ministérios / Foto: Dijair Brilhantes / STIMMMEC

 

Na última quarta-feira(24), trabalhadores e trabalhadoras de todos os cantos do país participaram da grande Marcha em Brasília, contra as reformas da Previdência e Trabalhista e pelas Diretas Já. Convocada pelas principais centrais sindicais, entre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT), cerca de 150 mil pessoas marcaram presença na capital do país.

 

 

A concentração teve início ainda na terça-feira(23), quando os primeiros ônibus começaram a chegar no entorno do estádio mané Garrincha. Na madrugada na quarta, o movimento começou a se intensificar e, próximo ao meio dia, o local de concentração já estava tomado pelos manifestantes.

 

 

Paulo Cayres, presidente da CNM, passou orientações aos militantes cutistas / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

 

 

Nas diversas tendas espalhadas pelo entorno do estádio, as centrais sindicais repassavam informações e organizavam a militância. Sindicatos e lideranças cutistas foram orientados pelo presidente e o secretário geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), Paulo Cayres e Loricardo Oliveira, respectivamente. Para os dirigentes, ocupar o Congresso Nacional era o objetivo dos trabalhadores, para mostrar a insatisfação com as políticas de arrocho adotadas pelo governo Temer contra a classe trabalhadora.

 

 

Marcha histórica pelas ruas

 

 

Por volta das 13h, teve início a grande marcha em direção à Esplanada dos Ministérios. A caminhada ocorreu sem qualquer confronto na maior parte do tempo. Nos caminhões, gritos pela renúncia de Temer e, próximo ao gramado da esplanada, a marcha seguiu cantando o hino nacional.

 

 

Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita marcaram presença na marcha / Foto: Dijair Brilhantes / STIMMMEC

 

 

 

No momento em que os primeiros manifestantes chegaram próximo ao Congresso, muitos ainda estavam saindo do estádio, mostrando a dimensão do mar de trabalhadores que tomou as ruas da capital na tarde de quarta-feira.

 

 

Repressão contra a classe trabalhadora

 

 

Não muito diferente do modo como outras tantas manifestações foram recebidas, a caminhada se deparou com um forte aparato policial que logo colocou em prática as táticas de repressão: bombas de gás, spray de pimenta e balas de borracha. Neste momento, temendo um confronto com desdobramentos graves, lideranças que estavam no caminhão da CUT orientaram a militância a recuar. Porém, muitos seguiram avançando e foram fortemente repreendidos pelos policiais. Todos que tentavam se aproximar podiam sentir o cheiro forte das bombas de gás lançadas pela PM.

 

Marche seguiu pacífica na maior parte do tempo / Foto: Rita Garrido / STIMMMEC

 

 

Perto das 17h, grande parte da marcha começou a retornar ao estádio Mané Garrincha. No caminho de volta, a polícia deu continuidade aos ataques, até as proximidades da Rodoviária. Pelo menos, 49 manifestante ficaram feridos.

 

 

Ocupa Brasília:  mais fotos

 

 

Fonte: Rita Garrido / STIMMMEC

 

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Publicado em:26/05/2017

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