#Notícias | 20/11/2017
Em Porto Alegre, ocorrem encontros e marcha para lembrar a data
O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado nesta segunda-feira, dia 20 de novembro, e foi instituído oficialmente pela lei nº 12.519/2011, durante o governo da presidente Dilma Rousseff.
A data é consagrada pelo Movimento Negro a fim de ressaltar a resistência da população negra contra o regime de escravização que persistiu por quase quatro séculos no Brasil. Faz também menção à primeira república em território nacional, o Quilombo dos Palmares. Zumbi dos Palmares foi o último dos líderes do Quilombo durante o período colonial. Filho de escravos e nascido no quilombo, atual Alagoas, o Zumbi lutou para a libertação dos negros até sua morte. Em 20 de novembro de 1695, com 40 anos, Zumbi foi assassinado pelo capitão Furtado de Mendonça e seus restos mortais foram expostos em praça pública.
O mês de novembro se consagra como um período de debate, crítica, reflexão e, sobretudo, de realizações de ações que dão visibilidade para o combate à segregação racial, ainda presente em nosso país e às chagas que ainda nos amarram a um passado que precisa ser superado.
Marcha Independente Zumbi Dandara
Nesta segunda-feira, às 14 horas ocorrerá, na sede do CPERS, uma reunião do Coletivo de Igualdade Racial e Combate ao Racismo, do Sindicato, que tem como coordenador o segundo vice-presidente da entidade, professor Edson Garcia, para avaliar as atividades propostas no último encontro e planejar o próximo período.
Garcia analisa que no cenário político atual, onde se vivencia um golpe na democracia, a população negra é comprovadamente a mais afetada. “A diminuição nos investimentos em políticas públicas e projetos sociais estruturantes afetou de forma mais significativa os moradores das periferias, que são, em sua maioria, negras e negros. Apesar disso, continuamos nossa luta no CPERS, através do Coletivo de Igualdade Racial e Combate ao Racismo, com o projeto de tirar a invisibilidade dos (as) professores (as), servidores (as) de escola e estudantes negros e negras.”
“Precisamos desse recorte para estabelecer e cobrar políticas, além de verificar o que mudou na educação pública com esta representatividade. Caso contrário, ninguém saberá quantos somos e onde estamos. Lutaremos pela manutenção de direitos adquiridos a partir da implementação de projetos de governos populares e não aceitaremos retrocessos”, afirma.
Após a reunião, os educadores e educadoras unem-se à Marcha Independente Zumbi Dandara, que terá concentração na Esquina Democrática, às 17 horas, e seguirá até o Largo Zumbi dos Palmares.
Fonte: CPERS Sindicato e Simpa